As galinhas, os antibióticos e o impacto na saúde humana



Hoje o frango é um dos alimentos mais consumidos sobretudo no mundo ocidental que o consome das mais variadas formas, mas nem sempre foi assim. Thomas Jukes, cientista britânico, foi o grande responsável por esta mudança de hábitos alimentares. Em 1948, enquanto conduzia uma experiência para estudar os efeitos da introdução de vitaminas na alimentação destes animais, resolveu também introduzir antibióticos no seu estudo. Os resultados foram surpreendentes: as galinhas com suplemento de antibióticos na sua alimentação cresciam 2,5 vezes mais rápido.

Do laboratório para a indústria alimentar o caminho foi rapidamente percorrido de tal modo que, apenas alguns anos mais tarde, os agricultores alimentavam as suas galinhas com mais de 200 mil kgs de antibióticos. Actualmente, nos EUA estima-se que 80% dos antibióticos consumidos são para uso animal apenas com o objectivo de os fazer crescer mais rapidamente e não de tratar infecções ocasionais.

Este excesso teve consequências que estão agora a tornar-se mais graves, segundo a revista The Atlantic. O consumo indirecto deste tipo de medicamentos por humanos está a tornar-nos mais resistentes aos antibióticos que tomamos quando sofremos uma infecção. Algo que está a ter um impacto tão grande que as Nações Unidas já emitiram um comunicado que descreve esta situação como “uma crise global, uma ameaça à saúde humana, ao desenvolvimento e à segurança.”

Foto: Creative Commons





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