Autarca de Viseu diz que variações na distribuição de água se devem ao consumo



O presidente da Câmara de Viseu, responsável pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), afirmou hoje que a distribuição de água aconteceu como sempre e as variações existentes terão a ver com o consumo.

“Os valores tiveram uma diminuição impercetível e as oscilações são relativamente pequenas. O valor máximo foi de 7.800 metros cúbicos (m3) e o mínimo foi de 6.290 m3. Tivemos uma [diminuição] no dia 02 de julho, em que houve manutenção, que foi de 5.975 m3”, afirmou Fernando Ruas.

Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Viseu acrescentou que “o mês de junho foi quando houve maior fornecimento de água” ao reservatório de Tabosa e que “a diferença na quantidade distribuída terá a ver com o consumo”.

Durante o mês de “junho foram fornecidos 221.711 m3 de água, enquanto em janeiro foram 194.737 m3” e “a variação dos valores tem a ver com o consumo de água, com o que é pedido”, afirmou o autarca.

Os valores em causa foram questionados no domingo pelo presidente da Câmara de Mangualde, Marco Almeida, que disse à agência Lusa ter “havido uma diminuição do fornecimento de água, desde o dia 16 de junho”.

Segundo Marco Almeida, será essa a justificação que “levou à diminuição de reserva de água” e consequentemente levou à falta de água no concelho de Nelas, já que é abastecido por Mangualde.

O presidente da Câmara de Nelas, Joaquim Amaral, disse à agência Lusa, que a falta de água fez com que fosse “necessário recorrer a 12 camiões de bombeiros para abastecer o concelho” o que acontecerá até quinta-feira.

“Com as altas temperaturas que se têm feito sentir, os consumos tiveram um aumento enorme que, associado ao corte no sistema para manutenção”, acentuou o desequilíbrio no abastecimento, justificou à agência Lusa Joaquim Amaral.

Os três dias de manutenção (30 de junho, 02 e 07 de julho, entre as 06:00 e as 13:00) foram programados e avisados e acontecem de três em três meses, indicou o diretor do SMAS na conferência de imprensa.

Carlos Tomás afirmou que “há sempre uma manutenção no final de junho e início de julho para garantir uma melhor qualidade de água no verão, porque se for antecipada, a próxima seria em setembro e assim é em outubro”.

“Também é verdade que nesta altura do ano não é costume haver estas temperaturas elevadas e isso pode ter influência”, admitiu Carlos Tomás.

“Com os picos de calor, as pessoas consomem mais” água, corroborou Fernando Ruas.

A estação de tratamento de água (ETA) da Barragem de Fagilde distribui água para quatro concelhos: Viseu (com uma quota de 70%), Penalva do Castelo (3%), Mangualde (11,5%) e Nelas (15,5%).

O reservatório de Tabosa, em Mangualde, recebe a água que é distribuída para o próprio município, em 43% e para o concelho vizinho de Nelas em 57% e apesar da percentagem da quota ser sempre igual, a quantidade varia em função da quantidade de água tratada, porque “a ETA de Fagilde trata entre 1.000 m3 e 1.200 m3 por hora”.

“A variação da quantidade de água a tratar é em função dos esquentadores, dos filtros, que têm de ser limpos e são automaticamente até determinado nível de colmatação, a partir daí temos de ser nós a limpar e isso varia com os níveis, não é todos os dias”, esclareceu Carlos Tomás.






Notícias relacionadas



Comentários
Loading...