Aves da cidade têm cérebros maiores – estudo



As aves da cidade têm um cérebro até 20% maior em relação aos seus corpos, relativamente às aves do campo, de acordo com um estudo do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), publicado na revista Biology Letters. O habitat urbano é muito recente do ponto de vista evolutivo e apresenta-se como um desafio para as espécies. Ao adaptarem-se ao ambiente citadino, adquirem capacidades que nem sempre tiveram e apresentam um maior nível de inovação.

O champim-real ou a pega-rabuda enfrentam nas cidades dificuldades que nem sempre superaram, como a disponibilidade e variedade de alimentos, espaços para nidificação, padrões de iluminação e ruído, entre outros. As únicas aves capazes de superar aquilo a que os investigadores chamam de “filtro ecológico” são aquelas que possuem um cérebro maior. Aliás, as cidades são “filtros” porque as suas características limitam o acesso a certas espécies, pois nem todas são capazes de se reproduzir e viver ali.

Ainda assim, as cidades podem tornar-se uma ameaça à biodiversidade das aves, uma vez que a relação entre o crescimento dos centros urbanos e o desaparecimento dos habitats naturais destes animais é directa.





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