B-SEArcular: O Projeto de moda que retira plástico dos oceanos e transforma-os em tecidos para peças de moda sustentável



O projeto B-SEArcular (#BSEArcular), realizada pela Epson em conjunto com a Lisbon School of Design (LSD), a A. Sampaio & Filhos, a Lemar, a INEDIT Studio, a Seaqual, nasce de um modelo sustentável que consiste no reaproveitamento dos plásticos que ancoram nos oceanos para a fabricação de tecidos que posteriormente serão transformados em peças de moda.

Este projeto “partiu da ideia de dar resposta sobre o que fazer com os resíduos de plástico existentes que acabam a poluir os mares e oceanos e da vontade de trabalhar no desenvolvimento de projetos que permitam um modelo económico mais responsável com o ambiente”, disse Raul Sanahuja, PR Manager da Epson, à Green Savers, acrescentando que a iniciativa “mostra que através da economia circular podemos atingir um objetivo comum, através de diferentes agentes”.

Como funciona exatamente o B-SEArcular?

“Todos os intervenientes do projeto participaram em diferentes fases do mesmo, desde a limpeza de praias para angariação de plástico marinho aos processos de produção, à transformação do plástico em malhas circulares e à criação de tecidos – posteriormente personalizados pela Epson através do processo de sublimação, uma das técnicas de impressão menos invasivas e mais sustentáveis para o meio ambiente. Depois, estes tecidos foram utilizados por alunos da Lisbon School of Design para criarem as suas peças de moda”, explicou Raul Sanahuja.

A impressão têxtil digital, ou seja, a impressão de moda sustentável, funciona mediante injeção de tinta e permite 80% de poupança energética, consome 60% menos de água e, portanto, reduz consideravelmente a produção de resíduos associada ao processo de produção. Assim, a Epson “conta com diversas certificações que comprovam que as tintas utilizadas são inócuas e resistentes à transpiração e lavagem”, acrescentou o responsável.

Para o PR Manager da Epson, no que diz respeito à digitalização, “há ainda um caminho por percorrer. O mercado digital cujo valor continua a aumentar, mas que ainda é apenas 10% do total da indústria têxtil, conta com uma grande margem para melhorar”. Para aproveitar estas oportunidades, continua, “o nosso trabalho assenta em oferecer aos profissionais as melhores soluções tecnológicas que lhes permitam realizar tiragens curtas e ágeis, conseguir uma maior personalização dos desenhos, imprimir em todo o tipo de superfícies, reduzir ações e, em última instância, ser capaz de atender à procura de um mercado em constante mudança”.

Plataforma de projeção para jovens profissionais

Como parte do projeto, com a ideia de unir forças e otimizar recursos e energia, os tecidos foram preparados como uma folha em branco para alunos da Lisbon School of Design, para que pudessem dar asas à sua imaginação e criar as suas peças de moda. Nesse sentido, o B-SEArcular também se “posiciona como uma plataforma de projeção para jovens profissionais do design têxtil, especialmente no campo da moda sustentável”.

Para Raul Sanahuja, este projeto posiciona-se como uma plataforma de projeção para jovens profissionais do design têxtil, “especialmente no campo da moda sustentável, ao permitir-lhes criar as suas próprias peças através dos materiais criados especificamente para o projeto, permitindo-lhes atingir visibilidade com o seu trabalho”.

A colaboração entre a Epson, Seaqual, A. Sampaio & Filhos, Lemar, LSD e a INEDIT Design responde aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas, e à vontade de cada uma delas de trabalhar no desenvolvimento de projetos que permitam um modelo económico mais responsável com o ambiente.

B-SEArcular responde a vários dos ODS estabelecidos pelas Nações Unidas

“Com o projeto B-SEArcular conseguimos responder a vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas, como por exemplo a qualidade de educação (ODS4), com o nosso trabalho de consciencialização aos alunos da Lisbon School of Design; a produção e consumo sustentáveis (ODS12), parcerias para a implementação dos objetivos através da aliança entre estes cinco parceiros (ODS17), e proteger a vida marinha (ODS14), entre outros”, explicou o PR Manager da Epson.

“Além da reutilização de plásticos marinhos para a criação de malhas e tecidos, a personalização desses tecidos é feita pela Epson através de uma das técnicas de impressão menos invasivas e mais sustentáveis para o meio ambiente: a sublimação”, acrescenta.

A impressão têxtil digital, ou seja, a impressão de moda sustentável, “funciona mediante injeção de tinta e permite 80% de poupança energética, consome 60% menos de água e, portanto, reduz consideravelmente a produção de resíduos associada ao processo de produção. Assim, a Epson conta com diversas certificações que comprovam que as tintas utilizadas são inócuas e resistentes à transpiração e lavagem, como é o caso do Eco Passport da OEKO-TEX”, sublinhou o responsável.

“Pretendemos consciencializar a indústria para a qualidade das peças e a possibilidade de moda sustentável, e que novas gerações de designers comecem a pensar na produção das suas peças nestes moldes de reaproveitamento de plástico para a criação das suas roupas”, conclui Raul Sanahuja.

Finalistas do projeto

 

 

 

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