Bem-vindos ao “Tinder da Reciclagem”
uma correspondência perfeita entre as empresas que precisam entregar os resíduos que produzem diariamente- como vidro, plástico, papel ou até mesmo aparelhos electrónicos- e as pessoas que recolhem o lixo, conhecidos habitualmente no Brasil como “catadores”.
Criado pelo activista e artista urbano Mundano, a alma da ong Pimp My Carroça, o Cataki foi considerado recentemente como uma das 10 maiores inovações tecnológicas do planeta pelo Netexplo, observatório independente que, em parceria com a Unesco, analisa o impacto que as novas tecnologias estão a ter no nosso dia-a-dia.
Lançada em Julho de 2017, a app Cataki tem sido um verdadeiro caso de sucesso, e os números são prova disso, com mais de 300 “catadores” em mais de 30 cidades a fazerem já parte desta comunidade. Mas há mais. Actualmente por cada dez quilos de resíduos reciclados, 9 foram recolhidos por estes verdadeiros “agentes ambientais”.
Mas na prática como funciona o Cataki? Há um registo prévio que permite ao catador definir a sua “área de trabalho”, com a app a procurar onde é necessária a recolha de resíduos. Assim, cada catador pode fazer uma gestão do seu trabalho, conseguindo com isso uma maior eficiência a nível de tempo, esforço físico e dinheiro amealhado. Para já, os catadores recebem 200 reais (€50) e 50 reais (€12,5) por cada tonelada de vidro, para serem reciclados
Mais do que ajudar a dar dignidade a um trabalho tão pouco reconhecido em terras brasileiras, o Cataki tem contribuído de forma significativa para um aumento da quantidade de resíduos que seguem para reciclagem, e não para um qualquer aterro esquecido algures.
Todos os dias o Brasil gera 200 mil toneladas de resíduos, e mais metade acaba em aterros, acabando por poluir tudo: solos, água e ar. A app Cataki quer ser o gatilho para a mudança de mentalidade do cidadão comum, dando-lhe ferramentas intuitivas para fazer da reciclagem uma parte importante do seu dia-a-dia. Uma app fantástica para descobrir aqui.
Foto: Pimp my Carroça