Bill Gates doa 720 mil euros para portugueses desenvolverem vacina para malária



Cientistas portugueses do Instituto de Medicina Molecular (IMM), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foram seleccionados pela Fundação Bill & Melinda Gates para uma bolsa de investigação no valor de um milhão de dólares – cerca de 730 mil euros.

De acordo com a imprensa portuguesa, esta bolsa tem como pano de fundo o desenvolvimento de uma vacina contra a malária. Assim, a vacina utiliza um parasita que infecta apenas roedores e não causa qualquer doença em seres humanos.

O parasita pode ser modificado geneticamente de forma a activar o sistema imunitário humano e a ensiná-lo a combater o parasita da malária, que irá infectar os seres humanos quando os encontrar.

Recorde-se que, até agora, o projecto mais avançado da vacina – com ensaios em seres humanos – está a ser desenvolvido pela multinacional farmacêutica Glaxo Smith Kline. Ainda assim, esta só consegue entre 30 a 40% de protecção.

A equipa do IMM, liderada por Maria Mota e Miguel Prudêncio, tem agora um ano e meio para provar que as suas ideias são viáveis e o desenvolvimento da vacina uma realidade.

A malária atinge mais de 250 milhões de pessoas por ano e mata dois milhões, sendo metade destas crianças com menos cinco anos de idade. Cerca de 90% destas mortes, por outro lado, ocorrem na África subsariana.

Para se ter uma ideia da abrangência desta doença, recorde-se que o jogador de futebol costa-marfinense Didier Drogba, do Chelsea, revelou na terça-feira que tinha malária. De acordo com a imprensa britânica, a malária terá sido contraída em Janeiro passado.





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