Bruxelas anuncia hoje medidas de emergência para setor automóvel

A Comissão Europeia apresenta hoje, em Bruxelas, as medidas de emergência para vencer o desafio da eletrificação dos veículos face à concorrência da China.
A presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, anunciou no final de janeiro um plano de ação que abordará um leque de questões relevantes para o setor, tais como a garantia de acesso a talentos e recursos, a promoção da inovação tecnológica e o desenvolvimento de veículos da próxima geração e o estabelecimento de um quadro regulamentar pragmático e previsível, segundo um comunicado.
Para a líder da Comissão, “a indústria automóvel europeia está num ponto de viragem” e a União Europeia (UE) está a agir rapidamente para a ajudar a enfrentar os desafios.
Entre os 22 participantes contam-se a Volkswagen, BMW, Mercedes, Volvo e Renault, bem como fabricantes de equipamentos, sindicatos, organizações não-governamentais e representantes dos consumidores.
Na segunda-feira, o executivo comunitário anunciou um mecanismo de flexibilidade para evitar que os fabricantes de automóveis que se atrasem nos seus objetivos de redução das emissões de CO2 tenham de pagar multas este ano.
Ursula von der Leyen destacou que o mecanismo implica ter em conta as emissões ao longo de três anos, de 2025 a 2027, em vez de apenas um ano, o que dará tempo aos mais atrasados para recuperarem o atraso, sem penalizar os bons desempenhos que receberão, eles próprios, um crédito de emissões.
A indústria automóvel europeia enfrenta este ano multas que poderão atingir um total de 16 mil milhões de euros, segundo estimativas do setor, por não ter cumprido a atual regulamentação, que exige que os automóveis vendidos em 2025 emitam menos 15% de CO₂ do que em 2021.
O setor emprega cerca de 13 milhões de pessoas na UE e representa cerca de 7% do seu Produto Interno Bruto.