Cada português reciclou mais de 9kg de embalagens de plástico em 2022



Os portugueses estão a reciclar mais embalagens de plástico, de acordo com os dados do sistema nacional de reciclagem referentes a 2022, “mas ainda assim há um longo caminho a percorrer face às exigentes metas que o país tem que continuar a cumprir”, sublinha o Electrão, revelando que cada português reciclou, em média, 9,2 kg de embalagens de plástico, o que representa um aumento de 3%, em comparação com os 8,9kg reciclados, per capita, em 2021.

Segundo a mesma fonte, em termos globais, olhando para os diferentes materiais (papel/ cartão, plástico, alumínio, aço, vidro, ECAL e madeira), a reciclagem aumentou mais de 5% em relação ao ano anterior. Foram recicladas 497 mil toneladas de embalagens.

Desse total, mais de 55 mil toneladas foram encaminhadas pelo Electrão, “naquele que é o seu contributo para o desígnio nacional da reciclagem deste tipo de embalagens”.

Abordagens inovadoras

Em 2022, o Electrão desenvolveu um estudo de caracterização de resíduos que resultam da atividade da limpeza urbana e concluiu que existe, neste universo, um grande potencial de reciclagem. “Os resíduos que resultam da varredura manual e da limpeza das papeleiras contêm 40% de material de embalagem, com pouco índice de contaminação. Os projetos de separação de embalagens a partir da limpeza urbana, em que o Electrão pretende participar, poderão, assim, incrementar significativamente os níveis de reciclagem, sobretudo no plástico e vidro”, revela o CEO do Electrão, Pedro Nazareth.

O sistema de depósito de retorno que, entretanto, será operacionalizado “permitirá, por outro lado, reciclar mais embalagens de bebidas de plástico e de alumínio através do incentivo que é dado ao consumidor, possibilitando taxas de retoma destes materiais na ordem dos 90%”.

 Os desafios que o setor dos resíduos tem pela frente são múltiplos e, por isso, o novo plano estratégico nacional tem de apontar um caminho concretizável e realista, defende o CEO do Electrão. “O país deve apostar mais do que nunca na reciclagem, mas deve dotar-se das infraestruturas necessárias para acomodar as suas ineficiências. É necessário garantir a valorização material e energética, mas salvaguardar, ao mesmo tempo, a possibilidade de eliminação de resíduos de forma segura, enquanto operamos esta transição”, alerta Pedro Nazareth.

O Electrão é um dos membros do Pacto Português para os Plásticos, uma plataforma de colaboração inovadora que reúne os diferentes agentes da cadeia de valor nacional do plástico e que tem como objetivo unir esforços para atingir as ambiciosas metas.

À semelhança do que acontece no plástico, o Electrão está, igualmente, empenhado em melhorar o resultado da reciclagem do vidro e, para tal, integra um grupo de trabalho na Plataforma Vidro+. No ano passado a reciclagem de embalagens de vidro aumentou 9%, o que ainda assim não foi suficiente para atingir a meta específica deste material.





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