Câmara de Lisboa vai replantar 1.350 árvores destruídas por depressão Martinho

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou hoje que vai replantar as 1.350 árvores destruídas à passagem da depressão Martinho, na semana passada.
O anúncio foi feito pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, em conferência de imprensa a propósito do abate de jacarandás no quadro de um projeto urbanístico na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa.
Esta foi a primeira vez em que a CML deu uma contagem aproximada das árvores afetadas pela tempestade, ainda que já se soubesse que a maioria das ocorrências registadas esteve relacionada com queda de árvores.
“[Foi] uma noite difícil para a cidade, com um vento de uma violência que não se via há muito tempo. Estamos a falar de ventos de 120 quilómetros por hora, as pessoas que aqui trabalham, todos estes bombeiros, toda esta Polícia Municipal e a Proteção Civil, há muitos anos que não viam isto na cidade”, disse Carlos Moedas, no dia seguinte à tempestade, quando se deslocou ao Centro de Comando Operacional Municipal da Proteção Civil, em Monsanto.
A passagem da depressão Martinho, na semana passada, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
Entre quarta-feira e quinta-feira da semana passada, os dois dias mais intensos da passagem da depressão Martinho, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizou um total de 8.600 ocorrências em Portugal continental (quase mil das quais na cidade de Lisboa).