Carne de laboratório: o fim da crueldade da indústria animal?
A indústria da carne está a matar o planeta e é tudo menos sustentável. E à medida que mais pessoas aumentam o seu rendimento e passam a poder incluir carne na sua dieta, fica a questão: como alimentar 7 mil milhões de pessoas sem destruir o ecossistema?
A Food and Agriculture Organization (FAO) das Nações Unidas diz que o future passa por comer insetos, que são ricos em proteína e muito menos impactantes para o meio ambiente que os animais tradicionais. Mas há empresas que estão a seguir outro caminho: o de criar carne em laboratório.
Uma dessas empresas, a Just, também está na corrida à carne criada em laboratório e conta com talento português. Vítor Espirito Santo é um engenheiro biomédico português que se mudou em fevereiro para os EUA e integrou o projeto de clean meatda startup.
Mas o que é em concreto carne de laboratório? Apesar do que o nome possa fazer lembrar, não estamos a falar de carne sintética. O que acontece é que estas empresas começam com uma pequena amostra de tecido vivo de um animal (no caso da Just, galinha) que depois colocam em tanques cheios de nutrientes que permitem às células dividir-se e crescer como se fizessem parte do animal. É este o processo que, a longo prazo, acreditam estas empresas, irá permitir criar carne em laboratório de forma eficiente sem recorrer à morte dos animais.
Segundo o Público, para já a Just irá fornecer alguns chefs e restaurantes com estrela Michelin, não só porque lhes permite ter uma produção mais controlada como também porque se pretende aferir a reação do público. Mas a startup acredita que poderá chegar às lojas já em 2020.