Carro eléctrico português começa a ser produzido para o ano



O Mobicar, o carro eléctrico português, vai começar a ser produzido no segundo semestre do próximo ano. O projecto, ligado à Mobi-e, pode chegar ao mercado com outro nome. Quanto aos preços, ainda nada está definido, apenas um calendário a cumprir até ao lançamento da primeira unidade.

«Entre Outubro e o final do ano deveremos ter o carro zero, o primeiro protótipo funcional, que será apresentado, e, até Março, meados do próximo ano, dez protótipos poderão ser distribuídos pelo consórcio para apresentações. Depois, será o início da produção», anunciou o director de prototipagem do Centro de Engenharia e Inovação para a Indústria Automóvel (CEIIA).

A VN Automóveis será a empresa que fará a montagem em série do veículo, que, segundo Manuel Oliveira, terá «três lugares, será 100% eléctrico, com uma autonomia-alvo de 100 quilómetros e uma velocidade máxima de 80 quilómetros por hora». Terá ainda «tracção traseira, entre 2,50 a 3,10 metros, semelhante a um Smart, mas mais pequeno», explicou o responsável.

«Numa primeira fase, será um carro L7 (matrícula amarela), categoria abaixo da M1 (à qual corresponde a matrícula branca normal)», continuou, sublinhando que, por esse motivo, não poderá circular nas autoestradas. É «um carro exclusivamente de cidade, também pela sua autonomia», concluiu o director de prototipagem do CEIIA, de acordo com a notícia do Dinheiro Digital.

«Na Noruega, já existe um carro (L7) exclusivamente eléctrico, o Buddy, que está a rodar, a ser vendido e funciona», avançou Manuel Oliveira, apresentando um concorrente directo, cujas peças, apesar de tudo, «são produzidas em Portugal» e o seu protótipo «desenvolvido pelo CEIIA». O Mobicar terá ainda que competir com todas as propostas da indústria automóvel, o que «não será fácil».

Ainda assim, já há interessados no projecto português, que foi apresentado na Cimeira Mundial da Energia, em Abu Dhabi. «Há várias entidades interessadas na transferência de tecnologia associada ao carro, uma delas ligada ao governo do Líbano, bem como contactos quer para a comercialização do carro, quer para a sua própria produção», disse ainda o responsável.





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