China deve instalar em 2023 mais painéis solares do que capacidade total nos EUA



A China deve instalar este ano mais painéis solares do que a capacidade total existente nos Estados Unidos, segundo dados difundidos pela agência Bloomberg, à medida que a queda nos custos coincide com o aumento da procura.

Entre janeiro e abril de 2023, a capacidade instalada de energia solar do país asiático aumentou quase três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.

A queda dos custos nas cadeias de abastecimento e o aumento do consumo de eletricidade na segunda maior economia do mundo estão alimentar a procura por fonte de energia limpa, de acordo com a Bloomberg.

A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à sua dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados.

O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou, em 2020, que o país atingiria o pico de emissões de carbono em 2030, e a neutralidade de carbono até 2060, face a crescentes preocupações globais com as mudanças climáticas.

O país pode instalar 154 gigawatts de capacidade solar este ano, de acordo com a Bloomberg. Os Estados Unidos, em comparação, tinham um total acumulado de 144 gigawatts instalados, no início de 2022, de acordo com a agência de informação económica.

O ritmo recorde atingido pela China na instalação de painéis solares significa que o mundo vai alcançar um total de 5.300 gigawatts de capacidade instalada até 2030 – o volume de energia solar necessário para cumprir com as metas globais de emissão zero.

Outros setores-chave, incluindo transporte e energia eólica, permanecem aquém da capacidade de produção de energia solar.





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