Chineses tomam 138 gramas de antibióticos por ano



Cada chinês consome, em média, 138 gramas de antibióticos por ano, dez vezes mais que um norte-americano, de acordo com um estudo do Journal of Health Economics. A sede chinesa pelos antibióticos está ligada aos “incentivos financeiros significativos” dados aos médicos, de acordo com a mesma fonte, e afecta também os animais.

“No país que mais usa antibióticos no mundo, até uma simples gripe rende uma receita do fármaco”, explica o jornal brasileiro Planeta Sustentável.

De acordo com uma consultora de agronegócio de Pequim, a pecuária é o sector de maior aplicação de antibióticos na China, cobrindo 50% do consumo total do País. Hoje, um suíno criado em solo chinês consome quatro vezes mais antibióticos que o mesmo porco criado numa fazenda norte-americana.

Há três factores que contribuem para estas estatísticas: o método de criação dos animais em pequenos espaços, a fraca regulamentação e o surgimento de doenças epidémicas complicadas.

O estudo publicado no jornal médico avisa, porém, que o uso de antibióticos tem consequências graves. A OMS, aliás, diz que estes podem desencadear novas doenças e ameaçar a sua própria eficácia, levando ao surgimento de superbactérias resistentes.

Na verdade, o estudo classifica a resistência de bactérias às drogas como uma questão de segurança alimentar e potencial perigo para o desenvolvimento sustentável da pecuária chinesa. Paralelamente, quando as pessoas comem carne e derivados tratados com droga acabam também por ingerir parte da substância.





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