Cinco passos para reduzir a pegada de carbono nos edifícios



A neutralidade carbónica deixou de ser apenas uma meta para se tornar uma exigência urgente. A pressão regulamentar, o aumento dos custos energéticos e os compromissos assumidos no âmbito das metas de sustentabilidade estão a levar empresas de diferentes setores a adotar estratégias mais rigorosas para reduzir o seu impacto ambiental.

Com um peso significativo nas emissões de gases com efeito de estufa, os edifícios são um dos principais focos de ação para atingir os objetivos climáticos. Medir e reduzir a pegada de carbono já não é opcional — é essencial para manter a competitividade, cumprir requisitos legais e consolidar a reputação sustentável das organizações.

Cinco passos para um edifício mais sustentável

A GS1 Portugal aponta, em comunicado, cinco etapas fundamentais para que as organizações possam reduzir de forma consistente as emissões associadas aos seus edifícios:

  1. Avaliar consumos energéticos – Levantamento detalhado dos consumos de eletricidade, gás e outras fontes de energia.
  2. Mapear emissões diretas e indiretas – Identificação das emissões provenientes de fontes próprias e de atividades associadas, como transporte ou aquisição de materiais.
  3. Aplicar ferramentas de cálculo certificadas – Utilização de metodologias reconhecidas internacionalmente para garantir rigor na medição.
  4. Definir metas de redução – Definição de objetivos claros e mensuráveis para diminuir as emissões num determinado período.
  5. Monitorizar e reportar resultados – Acompanhamento contínuo e comunicação transparente dos progressos alcançados.

Transformar passos em resultados

A aplicação destas etapas pode ser reforçada por medidas complementares:

  • Cálculo da pegada de carbono

Este processo, que integra as três primeiras etapas, permite recolher e analisar dados de consumo, mapear emissões diretas e indiretas e aplicar metodologias certificadas. O resultado é um diagnóstico preciso que identifica áreas críticas e oportunidades de melhoria.

  • Participação em programas de redução

Iniciativas como o Lean & Green, presentes em vários países, apoiam empresas na definição de metas e na implementação de medidas para reduzir em pelo menos 20%, as emissões associadas à logística e transporte num prazo máximo de cinco anos. A certificação obtida nestes programas funciona como reconhecimento público dos resultados alcançados.

  • Elaboração de relatórios de sustentabilidade

Documentos estruturados e alinhados com normas internacionais permitem transformar dados em informação credível. Estes relatórios reforçam a transparência e ajudam a demonstrar o compromisso com a responsabilidade social e ambiental, posicionando as empresas como agentes ativos na transição para uma economia de baixo carbono.

Mais do que uma obrigação, uma oportunidade

A redução da pegada carbónica nos edifícios está a ganhar relevância não apenas como resposta a exigências legais, mas também pelos benefícios operacionais que proporciona. A otimização dos consumos energéticos e a diminuição das emissões contribuem para maior eficiência e para a redução de custos a médio e longo prazo.

Ferramentas de cálculo certificadas e programas de redução reconhecidos internacionalmente estão a ser cada vez mais utilizados para garantir rigor na medição e credibilidade na comunicação dos resultados. A adoção destas práticas permite às organizações responder às metas climáticas e reforçar a transparência perante as partes interessadas, consolidando o seu papel na transição para uma economia mais sustentável.






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