Clima: EUA sofrem este ano quantidade inédita de eventos extremos



Os EUA já sofreram 23 eventos climáticos extremos desde o início do ano, um número inédito, que causaram estragos superiores a mil milhões de dólares, anunciou ontem uma agência governamental.

A agência federal para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês) começou o registo destes eventos em 1980. O recorde precedente respeitava a 2020, com 22 acontecimentos, com estragos avaliados acima dos mil milhões de dólares.

No total, desde o início deste ano, estes eventos extremos provocaram perdas de 57,6 mil milhões de dólares nos EUA, o que é inferior a alguns anos anteriores, com aquele recorde a ser relativo ao número de eventos, e não ao valor dos estragos.

Em 2022, a destruição causada por 18 eventos extremos foi avaliada em mais de 165 mil milhões de dólares, em particular devido ao furacão Ian que devastou a Florida, onde os prejuízos foram calculados em mais de 112 mil milhões de dólares.

Mas foi em 2017 que a destruição mais custou – 383,7 mil milhões de dólares – devido aos furacões Harvey e Irma.

Durante este ano, contudo, ainda com quatro meses para acabar, o número de eventos extremos deve aumentar.

Desde janeiro, a Florida já foi atingida pelo furacão Idália em agosto, o Havai por um incêndio devastador no mesmo mês, o nordeste do país por uma vaga de frio intenso durante o inverno e a Califórnia por inundações, …

Ainda segundo a NOAA, estes eventos já causaram a morte a pelo menos 253 pessoas.

Este novo recorde “constitui a confirmação mais recente de uma tendência de agravamento destas catástrofes, das quais muitas têm a marca incontestável das alterações climáticas”, comentou, em comunicado, Rachel Cleetus, da União dos Cientistas Preocupados (UCS, na sigla em Inglês).





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