Comércio de resíduos e sucata de plástico continua a diminuir



O comércio mundial de resíduos e sucata de plástico continuou a diminuir de 2022 para 2023, mas há sinais de uma possível inversão da tendência, indica um relatório divulgado hoje.

O documento é uma atualização anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que junta mais de três dezenas de países de alto rendimento, tendo como título “Monitoring trade in plastic waste anda scrap 2025”.

Os autores do relatório indicam que desde 2018 as medidas unilaterais e controlos multilaterais alteraram o comércio mundial de resíduos e sucatas de plástico, que está em declínio contínuo a nível mundial.

Os dados, de 2023, também indicam haver uma tendência que pode ser o primeiro sinal de regresso a uma situação em que países ricos exportam resíduos de plástico de baixo valor, difíceis de reciclar, para países mais pobres.

Segundo o relatório, há sinais de “possível preocupação” como alterações na balança comercial dos países da OCDE, invertendo uma tendência para um comércio mais equilibrado.

“Alguns países da OCDE continuam a exportar a maior parte dos seus resíduos e sucatas de plástico para países não pertencentes à OCDE. Por exemplo, a Malásia, o Vietname e a Indonésia continuam a ser os principais destinos de exportação”, diz-se no documento, no qual se questiona alguns países podem gerir os resíduos de forma ambientalmente correta.

Outra das conclusões do relatório indica que os resíduos e sucatas transacionados entre países da OCDE têm um valor mais elevado do que as exportações para países de fora da OCDE, o que sugere que os primeiros são de uma qualidade superior.

No documento diz-se que 22 países da OCDE registaram um declínio nas exportações globais de 2022 a 2023, e que também diminuíram as exportações de cloreto de vinilo (usado para produção de plástico PVC) pelos países da OCDE.

Segundo a organização internacional, é importante continuar a monitorização, que ajudará a identificar sinais de alerta precoce de “possíveis padrões comerciais problemáticos”.






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