Como Angola está a abraçar as estratégias de sustentabilidade: “É o início de uma nova era”



Em Novembro passado, no discurso do Estado da Nação, o presidente angolano José Eduardo dos Santos destacou, por diversas vezes, a necessidade que Angola tem em crescer sustentável e sustendadamente.

Então, referiu a importância do ambiente nas estratégias nacionais, o desenvolvimento sustentável mas também as renováveis, por exemplo.

Esta semana, finalmente, Angola respira sustentabilidade. Entre hoje e amanhã, Luanda recebe uma reunião de alto nível da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) sobre gestão de resíduos, uma iniciativa organizada pelo Ministério angolano do Ambiente e que se destina a membros do Governo – lá estará, por exemplo, a ministra portuguesa do Ambiente, Dulce Pássaro – parlamentares, representantes do corpo diplomático e de empresas públicas e privadas.

Como o tema “Tratar os Resíduos – Defender o Futuro”, o encontro vai procurar encontrar soluções para a problemática da gestão de resíduos nos países da comunidade, à luz das experiências de cada Estado e das inovações tecnológicas.

Serão também partilhadas soluções inovadoras para os resíduos, gestão integrada e sustentada de resíduos, qualidade da água e o sector privado ao serviço do planeamento ambiental.

De quinta-feira a domingo, é a vez da FILDA receber a Ambiente Angola, uma feira de tecnologias ambientais que procura reflectir “o aumento da preocupação do Governo angolano e o seu envolvimento internacional na procura de um mundo mais verde”.

“A procura mundial no que toca às tecnologias verdes tem tido um crescimento extraordinário nos últimos anos, principalmente devido a uma preocupação crescente dos problemas ambientais”, pode ler-se no site oficial da feira, num texto assinado pela ministra do Ambiente angolana, Fátima Jardim.

Entre os patrocinadores da feira encontram-se empresas como a Sonangol, Taag, Unitel, Total, Waste Management, Deloitte, Porto de Luanda, Edel e Endiama.

“Dado o aumento de preocupação por parte do Governo angolano e o seu envolvimento internacional na procura de um mundo mais verde, através de acordos internacionais, as tecnologias ambientais estão a ter um papel importante, assegurando o encaminhamento de Angola em direcção a um desenvolvimento sustentável”, continua o texto

Com este investimento, o Governo angolano pretende também incentivar “a criação de novas empresas e postos de trabalhado”, criando “condições favoráveis para o desenvolvimento e consolidação do sector das tecnologias verdes em Angola” e dando início a “uma nova era”.

Recorde-se também que 2011 é, em Angola, o Ano Nacional de Educação Ambiental e Cidadania, uma campanha que se enquadra na estratégia de protecção e conservação do planeta Terra pelo Ministério do Ambiente.

Para além das 18 províncias angolanas, serão enquadradas nesta campanha as embaixadas e consulados de Angola. A campanha conta com o apoio do BESA (Banco Espírito Santo) e terá a participação, para além do Governo angolano, da associação ambiental Clube da Aliança.

A campanha terá uma maior incidência nas comunidades e chegará, em primeiro lugar, às províncias de Kwanza Norte e Sul, Moxico, Malange e Bengo. Até Setembro, por outro lado, chegará às restantes províncias angolanas.

Durante estes meses serão realizadas palestras sobre a consciencialização ambiental, plantação de árvores ou recolha de resíduos; haverá actividades ligadas à educação ambiental com estudantes das universidades públicas e privadas e de escolas do ensino geral. Estas acções chegarão, inclusive, aos professores.

Estes trabalhos serão realizados no sistema de porta-a-porta, nos mercados informais, escolas, igrejas e outros recintos.





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