Como proteger os bombeiros dos efeitos do fumo dos incêndios florestais
Investigadores australianos alertam que ainda há muito por descobrir sobre os riscos do fumo tóxico e sobre as melhores formas de proteger quem combate os fogos.
Podemos — e devemos — fazer mais para proteger os bombeiros dos efeitos nocivos do fumo dos incêndios florestais. É esta a principal conclusão de uma equipa de investigadores australianos que analisou os estudos existentes sobre os impactos do fumo na saúde e as estratégias de mitigação disponíveis.
O objetivo foi responder a dúvidas levantadas pelos próprios bombeiros sobre os riscos a que estão expostos e contribuir para melhorar as orientações sobre segurança no terreno.
A revisão científica identificou várias áreas de preocupação, incluindo o tipo de equipamento de proteção que deve ser usado, a forma como este deve ser mantido, os efeitos diretos do fumo na saúde e os potenciais impactos a longo prazo.
Segundo os investigadores, já existem estudos que documentam riscos cardíacos e respiratórios, bem como um aumento da probabilidade de desenvolver certos tipos de cancro devido à exposição prolongada ao fumo.
No entanto, continuam a existir lacunas importantes no conhecimento, nomeadamente sobre a melhor forma de gerir e descontaminar o equipamento de proteção e sobre os efeitos de novas práticas de combate a incêndios, como a gestão de fogos em veículos elétricos e o contacto com retardantes de chama modernos.
A equipa defende que compreender estes riscos e investir em medidas preventivas eficazes é essencial para garantir que os bombeiros — muitas vezes na linha da frente das catástrofes climáticas — possam desempenhar o seu trabalho com segurança e com menor impacto na saúde a longo prazo.