Condeixa-a-Nova avança com recolha seletiva de biorresíduos em janeiro
A primeira fase do serviço de recolha seletiva de biorresíduos de Condeixa-a-Nova entra em funcionamento em janeiro, abrangendo 80 produtores do setor não-doméstico.
O público-alvo deste setor é constituído por hotéis, restaurantes e cafés, cantinas, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e similares, que vão ter acesso ao novo serviço na segunda semana de janeiro.
Na segunda fase, ainda em 2024, a iniciativa deverá chegar aos residentes em “algumas zonas” da União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova e da União de Freguesias de Sebal e Belide, onde vivem perto de 6.000 pessoas, o equivalente a 34% da população do concelho, informou Helena Bigares, chefe da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos do município.
A responsável falava no auditório do Museu Portugal Romano de Sicó (PO.RO.S.), na apresentação do serviço de recolha de biorresíduos, na qual também intervieram o presidente da Câmara Municipal, Nuno Moita, e Ângela Vieira, da SUMA, a empresa de serviços ambientais que acompanha a concretização da medida.
“É importantíssima essa separação dos resíduos urbanos”, defendeu Nuno Moita.
Frisando que “cada vez mais pagamos mais caro” pela deposição dos resíduos urbanos no terreno sanitário, o autarca disse que a Câmara Municipal dá agora “este primeiro passo” na recolha seletiva de biorresíduos, “para depois o alargar a toda a população” do concelho, no distrito de Coimbra.
O objetivo do projeto, com o lema “Se é orgânico, é para circular!”, é evitar “a deposição conjunta de biorresíduos com os resíduos indiferenciados e, consequentemente, reduzir a sua deposição em aterro”, adiantou Helena Bigares.
O município de Condeixa-a-Nova tem “um potencial de produção anual de biorresíduos” na ordem das 2.614 toneladas, tendo em conta que, em 2022, foram no total recolhidas cerca de 6.742 toneladas de diferentes resíduos urbanos.
O projeto apresentado “prevê a disponibilização gratuita de contentores aos aderentes e permitirá reaproveitar e valorizar os restos de alimentos crus, cozinhados ou fora de validade, como as sobras de legumes e fruta, transformando estes resíduos com valor em recursos”: composto e energia.