Conheça uma nova espécie de caranguejo-eremita



Digam olá ao Strawberry Claws, uma grande e nova espécie de caranguejo-eremita recentemente descrita pelos cientistas do Museu de Queensland.

Com as suas garras carmesim caraterísticas, era natural que o caranguejo recebesse o nome científico de Strigopagurus fragarchela, que deriva da forma latina “morango” (Fragaria), combinada com “chela” para realçar a cor vermelha brilhante das garras e das patas.

Descrito cientificamente por Peter Davie, membro honorário do Museu de Queensland, e por Marissa McNamara, diretora da coleção do Museu de Queensland, o caranguejo eremita pode ser encontrado em águas relativamente profundas (120-260 m) ao largo do sudeste de Queensland, tendo-lhe sido dado o nome comum de “eremita de garras de morango”.

McNamara disse que a nova espécie tem várias caraterísticas altamente distintivas. A mais notável são as suas garras vermelhas brilhantes, mas também desenvolveu o seu próprio método único de produzir som debaixo de água (estridulação), tal como as cigarras fazem no ar.

“Percebemos logo que se tratava de um caranguejo eremita especial e rapidamente lhe demos a alcunha de ‘Garras de Morango’”, disse McNamara.

“A identificação do Strigopagurus fragarchela é uma adição emocionante ao género, para o qual a Austrália parece ser o reduto. Temos agora quatro espécies endémicas, duas das quais apenas se encontram em Queensland”.

O novo caranguejo eremita só foi recolhido através de capturas de arrasto, pelo que pouco se sabe ainda sobre a sua ecologia, mas é sem dúvida um membro importante das ricas comunidades biológicas da plataforma continental ao largo do sudeste de Queensland.

O Diretor Executivo do Museu de Queensland,  Jim Thompson, elogiou o trabalho de Peter Davie e Marissa McNamara neste artigo científico.

“O trabalho dos cientistas e investigadores do Queensland Museum ajuda a fornecer um registo da biodiversidade do nosso Estado para as gerações futuras”, afirmo Thompson.

“As nossas coleções de história natural são mais do que simples espécimes preservados – são instrumentos vitais para a descoberta científica, a conservação e a educação do público”, conclui.

O artigo científico foi recentemente publicado na revista Memoirs of Queensland Museum.





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