Consumidores europeus recebem mais de 70 milhões de m3 de ar nas embalagens das compras online
70 milhões de m3 de ar são enviados anualmente para os lares europeus devido ao packaging desnecessário – o equivalente a mais de 28.000 piscinas olímpicas, revela um novo estudo da DS Smith, empresa de packaging sustentável.
Segundo a mesma fonte, enquanto o preço das matérias-primas sobe em todas as indústrias, as caixas de cartão sobredimensionadas e com material em excesso estão a originar 4,2 milhões de viagens “desnecessárias” para entrega de encomendas, levando a que 72.629 toneladas de CO2 “potencialmente evitáveis” sejam libertadas para a atmosfera todos os anos.
O estudo da DS Smith revela que as caixas de cartão que não estão ajustadas ao seu conteúdo “transportam desnecessariamente” este excesso de ar nos camiões e para as casas dos consumidores, além de implicarem a utilização de materiais que poderiam ser evitados nomeadamente 757 toneladas de cartão extra, 437 milhões de m2 de fita adesiva – mais de 4 vezes a área de Lisboa – e 68 milhões de m3 de enchimento – o suficiente para encher 363 vezes a Altice Arena.
49% dos inquiridos querem receber packaging proveniente de fontes renováveis alternativas
Além dos impactos ambientais, as caixas de cartão sobredimensionadas geram um efeito negativo na imagem das marcas. Ao receberem uma encomenda com excesso de packaging, 30% dos consumidores afirmaram sentir-se frustrados com a marca.
Em termos de expetativas dos consumidores para o futuro, os inquiridos disseram que gostariam de receber embalagens provenientes de fontes renováveis alternativas (49%), embalagens que se adaptem bem a produtos com formas irregulares (35%) e embalagens resistentes à água (30%).
Segundo o estudo da DS Smith, todos os meses são enviadas 147 milhões de embalagens de compras online. A investigação revela que 92% das empresas que vendem os seus produtos online admitem utilizar packaging sobredimensionado, pouco menos de metade (48%) preocupam-se com a reciclabilidade e mais de um terço (34%) estão focadas na possibilidade de reutilização das embalagens.