Conter o crescimento mundial reduz em 15% as emissões de carbono



Investigadores norte-americanos defenderam esta semana que se o crescimento populacional não exceder os nove mil milhões de habitantes em 2050, podem poupar-se automaticamente 1,4 a 2,5 mil milhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera.

Num artigo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), estes investigadores defendem ainda que, se esta contenção se mantiver até 2100, esta poupança chegará a 40%.

Ou seja, desta desaceleração da demografia pode diminuir as emissões mundiais 15% até ao final da primeira metade do século XXI.

Segundo o jornal i, só na Europa ela poderá representar 1/3 do caminho necessário para garantir que a temperatura global não aumenta acima dos dois graus, uma das metas, recorde-se, que foram acordadas em Copenhaga.

A ideia passa por conter a pressão urbana e ter menos pessoas activas, pensando “melhor” a demografia.

“Estamos a falar de um prazo de dez anos, em que as mudanças populacionais não são relevantes. A população é uma das forças de fundo que vão moldar o mundo em que tentamos lidar com as mudanças climáticas”, explicou um dos mentores do estudo, Brian O’Neill, ao i.

Segundo O’Neill, as questões demográficas têm sido “negligenciadas” quando se fala de alterações climáticas. Ainda segundo o i, o “envelhecimento continuado” da Europa poderá representar 20 a 30% das reduções necessárias para atingir a meta de reduzir metade do carbono até 2050.

Ainda assim, esta não será (seria) a melhor forma de reduzirmos as emissões mundiais de carbono. O i avança até com um dado que “assusta”. Nos próximos 40 anos, Portugal pode perder um quarto da população, para sete milhões de habitantes. Destes, um terço deverão ser idosos…





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