Cortiça portuguesa regressa à Bienal de Arquitetura de Veneza



A Cortiça Amorim está de volta à cidade de Veneza, para demonstrar mais uma vez o valor e versatilidade da cortiça como elemento criativo, cultural e inovador. O projeto In Conflict (Em Confronto), proposta do coletivo depA Architects, escolhido para liderar a curadoria do Pavilhão de Portugal (Palazzo Giustinian Lolin, da Fondazione Ugo e Olga Levi) na 17ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza, conta na sua estrutura com o suporte de cerca de 100 metros lineares de aglomerado técnico de cortiça.

O In Conflict junta-se assim a outros projetos anteriormente apoiados pela Corticeira Amorim, que ao longo da última década têm permitido promover a cortiça num dos mais importantes palcos da criatividade mundial. Recorde-se o cacilheiro “Trafaria Praia” de Joana de Vasconcelos (Bienal de Arte de 2013), os candeeiros “Curcubita” de Tiago Sá (Venice Design 2017), e o piso de cortiça da instalação “a seam, a surface, a hinge or a knot” de Leonor Antunes e a luminária “Inside a Forest Cloud” de Nacho Carbonell (Bienal de Arte de 2019).

“É uma honra colaborar em iniciativas desta relevância, notoriedade e visibilidade. De resto, é com indisfarçável agrado que verificamos a atração cada vez mais acentuada de artistas, designers e arquitetos pela cortiça. Uma matéria-prima natural, renovável e sustentável, capaz de resolver os mais exigentes problemas, pronta a encontrar soluções para muitos dos desafios colocados ao mundo atual”, afirma Cristina Rios de Amorim, administradora da Corticeira Amorim.

A proposta do coletivo depA Architects pretende, precisamente, responder diretamente à questão “How will we live together?”.  Através de uma exposição, de conversas e de debates, os depA procuram “pensar o papel da arquitetura enquanto disciplina artística, pública, política e ética”. O projeto expositivo traz para primeiro plano um Portugal em processo de descolonização, recém democrático e empobrecido. Um país marcado pela destruição material, deslocação social e participação cívica. A partir deste cenário, são chamadas à discussão outras questões relacionadas com a problemática, “construindo-se um panorama alargado e transversal dos primeiros 45 anos de democracia nacional mediante o seu reflexo na arquitetura portuguesa”.

A presença da cortiça na 17ª edição do certame italiano, que abrirá portas no próximo sábado, dia 22 de maio, prolongando-se até 21 de novembro.





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