Da Benedita para o mundo: como são feitos os sapatos vegan nae? (com VÍDEO)



Uma das nossas notícias mais populares dos últimos tempos abordava uma marca de calçado portuguesa vegan e ecológica, a nae, presente em dez países e que quer responder a uma franja de mercado cada vez mais significativa, que se mostra preocupada com as questões ambientais.

O Economia Verde pegou neste sucesso e foi falar com Paula Pérez, uma das fundadoras do projecto. “A filosofia tem a ver com a não utilização de qualquer produto de origem animal. Não trabalhamos com peles ou couros, mas sim com cortiça, microfibras, cujo processo de produção é muito mais sustentável que o processo de produção do couro ou da pele”, explicou Paula.

O processo é idêntico ao do calçado normal. A matéria-prima chega, é cortada de acordo com o molde do sapato, inspecionada várias vezes e costurada. Quase tudo é feito à mão.

Numa fábrica de calçado da Benedita, onde os nae são produzidos, os 40 funcionários conseguem desenvolver quase 200 pares de sapatos por dia.

Os sapatos passam por um processo de fabrico tradicional, o chamado palmilhado Goodyear, feito sobretudo com a parte manual. São depois cosidos de forma tradicional – por dentro e fora – e isentos de colas nocivas. Levam depois uma pequena cola à base de água, para segurar as diversas componentes, até serem novamente cosidos.

A nae utiliza sobretudo borracha natural, cortiça, linho e algodão orgânico, para além de microfibras biodegradáveis. Na verdade, e apesar do nicho que os sapatos vegan representam, desde 2008 que a marca aumenta o número de sapatos vendidos. Em 2012, a nae vendeu cerca de 3.500 pares – a facturação foi de €250 mil –, sendo que a expectativa para 2013 é ultrapassar este número.

Veja o episódio 156 do Economia Verde.





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