Da cozinha à comunidade: PONTO. expande o horizonte da restauração sustentável

Na génese do PONTO. – Coma, Partilhe, Viva – está a convicção de que uma boa refeição deve ser, em simultâneo, experiência sensorial e gesto responsável. Criada para equipar restaurantes empresariais, escolas e unidades de saúde, a marca desenha cada espaço “para ser sentido e vivido”, tirando partido de áreas sub-utilizadas fora das horas de refeição e fazendo da simplicidade um veículo de autenticidade. Desde logo, a palavra sustentabilidade é “levada a sério”: chefes e nutricionistas privilegiam ingredientes frescos, locais e da estação, enquanto todas as embalagens usadas nos formatos take-away ou grab-and-go são plastic-free, fabricadas a partir de materiais de base vegetal e aptas a regressar à terra sob a forma de composto PONTO..
Esse princípio de circularidade foi ganhando corpo em números. Só em 2024, o PONTO. utilizou 347 300 embalagens compostáveis, o que corresponde a 2,7 toneladas de material que, no fim de vida, não reclama lugar em aterro; face a 2023, trata-se de um crescimento de 13 %. A lógica fecha-se a montante: 199 921 caixas-tara circulam hoje entre fornecedores, central abastecedora e unidades de restauração, reduzindo a entrada de descartáveis na cadeia logística. A montante da distribuição, a frota passa pela eletrificação gradual de viaturas ligeiras de mercadorias e pelo reforço de veículos plug-in, estratégia que ajuda a conter as emissões num setor tradicionalmente dependente de combustíveis fósseis.
A redução da pegada carbónica também depende da proximidade. Oitenta e dois por cento dos fornecedores são nacionais – e os restantes, europeus –, escolha que encurta quilómetros, reforça o controlo de boas práticas laborais e ancora a economia local. Ao mesmo tempo, o projeto TriFootFood, já disponível em sete pontos de venda, expõe a pegada de CO₂ de cada ementa e sugere alternativas de menor impacto, transformando a decisão do consumidor num ato de cidadania informada.
A visão de sustentabilidade vai além do ambiente. Em parceria com entidades como a SEMEAR, o PONTO. integra estagiários e trabalhadores com incapacidade e inclui nos menus produtos criados por esses jovens, fechando o ciclo da inclusão económica. Excedentes alimentares seguem para instituições sociais, enquanto as equipas contabilizam horas de voluntariado e campanhas de sensibilização comunitária. O combate ao desperdício, aliás, é rotina operacional: as unidades registam diariamente sobra, rácio produção-consumo, transformação criativa de excedentes e volume encaminhado para compostagem; esses dados orientam reajustes de planeamento e alimentam campanhas educativas que explicam, em loja, ganhos ambientais e económicos.
A marca sustenta o seu roteiro futuro em metas mensuráveis: atingir 45 % de ingredientes de produção biológica até dezembro de 2025 (face a 2021); garantir que, em 2030, 60 % das refeições oferecidas apresentem pegada inferior a 0,9 kg CO₂e; incorporar, já este ano, 25 kg de mel por milhão de refeições, mobilizando pelo menos cinco mil consumidores para o papel dos polinizadores na segurança alimentar. Paralelamente, continua a instalar redutores de caudal, iluminação LED e sistemas inteligentes de gestão energética nas salas que projeta, num esforço para diminuir consumos invisíveis ao cliente mas visíveis na fatura ambiental.
Tudo isto não passou despercebido fora de portas. Em março, o PONTO. voltaria a ser reconhecido pela Consumer Choice com o selo “Escolha Sustentável” – distinção que, nas palavras da própria equipa, serviu de “validação do trabalho consistente” e acendeu o entusiasmo interno para rever práticas e propor novas soluções. Clientes passaram a pedir mais explicações, e potenciais parceiros bateram à porta com projetos de economia circular na bagagem. Ao contrário do que por vezes sucede, o prémio não iniciou a narrativa; antes confirmou que o caminho escolhido vinha dando frutos e merecia escala PONTO..
O desafio, agora, é segurar o leme em águas agitadas. Choques geopolíticos, volatilidade de custos e pressão por resultados rápidos coexistem com metas ambientais de longo prazo. A resposta do PONTO. passa por digitalizar processos, reforçar a rastreabilidade de ingredientes e padronizar boas práticas testadas em unidades-piloto. A ambição é que cada espaço novo reproduza, sem perda de qualidade, as lições de circularidade aprendidas no terreno.
Do modo como materializa esta agenda – unindo métricas rigorosas, participação comunitária e apelo gastronómico – nasce a autenticidade que sustenta a marca. Se é verdade que as refeições do PONTO. procuram saciar a fome com sabor, também é verdade que alimentam uma visão mais ampla: a de uma restauração corporativa que devolve valor ao planeta e às pessoas em cada prato servido. Embalagens que se transformam em composto, caixas que rodam em circuito fechado, ingredientes que protegem a biodiversidade e consumidores que sabem, em números exatos, o impacto da sua escolha – eis alguns dos pontos de um círculo virtuoso que se vai alargando, tal como o nome da marca sugere.