Desflorestação e bushmeat ameaçam de extinção gorilas e chimpanzés



Na Guiné Bissau, onde construiu e manteve ativa durante vários anos uma estação de campo, a antropóloga Catarina Casanova acumulou histórias de horror, de caça furtiva sobre espécies ameaçadas de primatas com o objetivo de aproveitar a sua carne para venda em mercado. Mas talvez aquilo que mais a choca, ainda hoje, seja a destruição do habitat destes nossos parentes próximos: sem floresta, com os terrenos a serem aproveitados para a agricultura e para a produção de óleo de palma, gorilas e chimpanzés estão condenados.

E quando isso acontecer, a perda para a biodiversidade e para o conhecimento humano será irreversível. É que o estudo dos grandes primatas, pela proximidade biológica e cultural com os humanos modernos, funciona como uma janela que nos permite viajar no tempo e conhecer os nossos ancestrais – antepassados também eles já extintos, em alguns casos por causa do moderno Homo sapiens.

Conhecer o comportamento dos grandes símios, destes primatas com quem partilhamos mais de 90 por cento do nosso ADN, tem duas grandes vantagens para a Ciência: dá-nos um conhecimento único sobre o surgimento das práticas culturais, da política e da construção de ferramentas nas primitivas comunidades humanas, mas também nos permite conhecer melhor estes primatas e, quem sabe, ajudar na sua conservação.

Clique aqui para aceder ao podcast

Clique aqui para ver o filme





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...