Derrame de petróleo nas Maurícias: o que está a acontecer?



Os 1,3 milhões de habitantes das ilhas Maurícias dependem fortemente da pesca e do turismo local para a sua sobrevivência. Neste momento não é só a economia que está a ser afetada, o meio ambiente e a natureza da própria região estão a sofrer uma grande tragédia.

No passado dia 25 de julho o navio MV Wakashio, operado pela Mitsui OSK Line e que pertence à Nagashiki Shipping, ficou preso nos recifes de coral ao largo da costa das Maurícias. Assim que o casco do navio se começou a partir, mil toneladas de petróleo foram libertados no mar do Oceano Índico.

O país declarou estado de emergência ambiental, e os habitantes e as equipas de profissionais estão a trabalhar incansavelmente a fim de minimizar os estragos causados pelo derrame. Ontem, dia 10 de agosto, foram retiradas 500 toneladas.

O navio continua a carregar petróleo, pelo que agora a urgência é conseguir retirar todo o produto antes que este se parta novamente em pleno oceano.

Jean Gardenne, do departamento de comunicação da Mauritian Wildlife Foundation, afirma na revista Time “Estamos à espera do pior. O navio está a mostrar grandes rachas. Nós acreditamos que se vai partir em dois a qualquer momento, no máximo em dois dias. Ainda ficou muito petróleo no navio, portanto o desastre pode tornar-se muito pior. É importante remover o máximo de petróleo possível.”

O jornal The Jakarta Post, avança com a declaração do dono do MV Wakashio “A Nadashiki Shipping pede as mais sinceras desculpas às pessoas das Maurícias e fará o possível para proteger o ambiente e mitigar os efeitos da poluição.”

O acontecimento está a preocupar os conservacionistas. Além do risco humano, também milhares de espécies de animais e de plantas estão em risco de morrer, pondo em causa o equilíbrio dos ecossistemas.

O Guardian reuniu um conjunto de fotografias do acidente, que pode consultar aqui.





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