Dia Mundial do Urbanismo: Será a mobilidade sustentável o compromisso indispensável do futuro?



Celebra-se hoje o Dia Mundial do Urbanismo, uma data que foi reconhecida em 1949 pela Organização das Nações Unidas, e que visa reforçar a importância do planeamento das cidades.

No âmbito desta comemoração, a Green Savers decidiu abordar o tema da mobilidade sustentável e o seu papel no futuro das cidades. Os transportes são a fonte ​​de cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2) na União Europeia, sendo que dentro dessa percentagem, mais de metade vem do transporte rodoviário. A transição para os veículos elétricos é um passo essencial para a redução das emissões de gases poluentes.

Vânia Alves, líder e responsável do projeto português Green Charge, deu o seu testemunho relativamente à temática:

Antes de mais, o que é o Green Charge? “O Green Charge é uma empresa operadora de postos de carregamento (OPC), com um conceito pioneiro em Portugal, que se dedica à instalação, manutenção e operação de postos de carregamento de veículos elétricos em todo o país. O projeto nasce com uma missão: colmatar a necessidade de postos de carregamentos elétricos em Portugal, tornando-os acessíveis a todos os utilizadores.”

Nascido em 2019, o projeto torna “a utilização de veículos elétricos numa verdadeira solução para as cidades” e, em simultâneo, apoia “o país na transição energética, promovendo um futuro mais verde e sustentável.”

“Hoje vivemos uma situação tremendamente difícil com a pandemia do coronavírus. No entanto, estamos também a enfrentar uma outra crise: o grande choque gerado por esta na economia mundial”, explica Vânia Alves. “Por forma a levar a cabo esta recuperação, é crucial que sejam desencadeados novos modelos para as economias, mais resilientes, protetores e inclusivos. Todos estes quesitos existem numa economia construída em torno da economia verde e que apoie uma transição do ponto de vista climático. Acreditamos que a mobilidade sustentável tem um papel fundamental na recuperação verde e um dos propósitos do Pacto Ecológico passa, inclusive, por esta transição, acreditando que apoiará na reconstrução da economia, contribuindo para um novo modelo de prosperidade.”

O Green Charge permite uma acessibilidade que não se limita à instalação de postos, garante a empresária. “Passa pelo tipo de posto em si, um carregador semi-rápido, que pode ser utilizado por todas as gamas de veículos elétricos, ao contrário dos postos rápidos. Passa também pelos locais escolhidos, que privilegiam meios urbanos, onde muitos utilizadores não têm forma de carregar o veículo em casa. E, por fim, passa por uma redução no preço final de carregamento em cerca de 30%, uma vez que a Green Charge suporta a tarifa de Operador de Posto de Carregamento em todos os seus postos.”

“Foi a pensar nas pessoas e na sustentabilidade do planeta que nasceu este projeto amigo do ambiente, financiado 100% pela iniciativa privada, promovendo um futuro verde e sustentável, e impulsionando uma nova era da mobilidade: mais limpa, silenciosa, poupada e socialmente responsável”, explica.

Quando questionada sobre a Recuperação Verde em Portugal, a líder garante que se trata de “uma oportunidade para repensar o país e desenvolver um novo modelo de prosperidade que terá de responder às nossas necessidades e prioridades.” É assim preciso mudar mentalidades, com vista ao ‘ tal futuro mais verde’, afirma, acrescentando que “todo o cidadão é também consumidor e tem um papel ativo, uma vez que são as escolhas feitas no dia a dia que influenciam este processo de transformação. E as empresas devem estar alinhadas com estas escolhas e nova procura, garantindo não só boas práticas mas também soluções de recuperação transparente.”

“Sabemos que o próximo ano trará novos desafios provocados pela crise económica da pandemia, mas é fundamental implementar medidas e criar incentivos que acelerem o processo de mudança verde e que garantam as metas traçadas, a longo prazo”, conclui Vânia Alves.





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