E se o Planeta B fossemos nós?



Porque um futuro melhor e mais justo é indissociável de um planeta mais sustentável, a AMI desafia a sociedade civil à reflexão sobre a sustentabilidade ambiental através do projeto NOPLANETB, que promove uma ponte entre a ciência e a sociedade. As Organizações da Sociedade Civil são as ilustres convidadas a participar e desenvolver projetos sobre ambiente de trabalho verde; hábitos de consumo sustentável; gestão sustentável do uso da água; proteção do ambiente marinho; mobilidade sustentável e cidades sustentáveis.

O NOPLANETB está a decorrer desde dezembro de 2023, a promover temáticas ambientais alinhadas com os nossos desafios atuais. No dia 28 de abril, a luz apagou-se por 11h00 e o que fizemos num país onde a energia tem ares de inesgotável, presente desde o despertar até ao aroma a café que inunda a casa pela manhã?

O dia que marcou a nossa memória mais recente deveria ter sido diferente para milhões de pessoas que, no lugar de pararem, sentirem o sol, dedicarem tempo a conversar e partilhar momentos com amigos e familiares, sucumbiram ao pânico desmedido que prejudicou, mais do que ajudou, este canto do planeta.

Saímos todos do trabalho ao mesmo tempo, colocando no ar uma mancha de dióxido de carbono maior que a habitual, comprámos desmedidamente água engarrafada fazendo disparar o consumo de plástico, desperdiçámos outros tantos litros de água armazenada para dias apocalípticos que a desinformação alimentou. Percebemos, arrependidos, que os nossos locais de trabalho, as nossas casas, apenas funcionam plenamente se tiverem eletricidade no seu coração. Mas, será que o nosso dia apenas funciona se tivermos eletricidade disponível 24h00? Afinal, a humanidade viveu e evoluiu, continuadamente, mais tempo sem ela.

O conhecimento e a arte de bem comunicar, neste caso, ciência, são a chave mestra para uma sociedade informada e de escolhas conscientes. E foi com esse objetivo presente, que nasceu o consórcio criador do NOPLANETB, liderado pela Fondazione Punto.Sud (Itália) e envolvendo, além da AMI, que representa Portugal, a Hungarian Baptist Aid, em representação da Hungria; o Fondo Andaluz de Municipios para la Solidaridad Internacional, a representar Espanha; pela Alemanha, a Finep Akademie; da França a ACTED; a Mondo da Estónia e a Fairtrade Poland, da Polónia.

Através destes parceiros é distribuído entre Organizações da Sociedade Civil, cujos projetos sejam eleitos para financiamento, um orçamento total de 3.864.300€, cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do programa DEAR (Development Education and Awareness Raising).

Na primeira fase de candidaturas, para pequenas ações, a AMI apoiou, em Portugal, os projetos “Miniflorestas, Grandes Impactos”, do Laboratório da Paisagem de Guimarães – Associação Para A Promoção do Desenvolvimento Sustentável; “Wasteless Manifesto”, da ZEWALAB ASSOCIAÇÃO LIX0; “Planet A”, do Teatro Metaphora – Associação de Amigos das Artes e “A Cidade”, de A Reserva na Fábrica – Associação para a Criatividade, Mediação Cultural e Empreendedorismo, desenvolvidos na área das cidades sustentáveis. E PéPedal, da organização Ciclaveiro, desenvolvido na área da mobilidade sustentável.

Mas, não terminou por aqui. Ainda há uma oportunidade para as organizações portuguesas que pretenderem entrar na corrida por um planeta melhor. O tempo está a contar. Até dia 1 de junho estão abertas as candidaturas para ações de média dimensão, com um orçamento de 20.000€ a 40.000€ e uma duração de 12 a 18 meses.

Podem concorrer a esta 2.ª fase de candidaturas do NOPLANETB organizações sem fins lucrativos (através do formulário disponível em https://ami.org.pt/noplanetb/apresentacao-do-noplanetb/), com pelo menos três anos de existência e um volume de negócios anual inferior a 300.000€, com sede e intervenção em Portugal Continental e Ilhas, e experiência de implementação de projetos na área do ambiente.

Até ao final do projeto, em 2027, abrirá ainda uma terceira linha de financiamento.

O desafio está lançado. Se a Terra a tantas Eras de crise sobreviveu, é porque não tinha então o saldo negativo que agora tem. Certamente voltará a sobreviver, mas não como a conhecemos hoje. A questão é: quem queremos ser e como queremos viver nesse futuro?






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