E se reparar os gadgets antigos em vez de comprar novos?



O Fixer Collective é um grupo presente em Brooklyn que, uma vez por mês, numa galeria de arte, se oferece para reparar qualquer aparelho que os vizinhos possam ter avariado. As pessoas aparecem com computadores, lâmpadas, torradeiras – uma série de coisas que normalmente seguem para o lixo ao primeiro sinal de avaria.

O espectáculo de aparelhos avariados a regressarem à vida não é apenas útil – para os moradores de Nova Iorque, é transformador. “Fiquei uma pessoa totalmente diferente depois de terem arranjado o meu portátil”, diz Nicole DeLuca, um realizador que viu o seu MacBook ser arranjado no ano passado. “Fez-me perceber que eu não tinha necessidade de comprar aparelhos novos sempre que algum se avariava.”

Hoje, o lixo electrónico tornou-se numa das categorias de resíduos que mais cresce no mundo. Em 2010, os Estados Unidos descartaram 2,4 milhões de toneladas de aparelhos e reciclaram apenas 27%. E aí a reciclagem traduz-se, muitas vezes, no transporte dos velhos aparelhos para o exterior, onde os componentes tóxicos ficam a poluir os países em desenvolvimento.

Segundo a Wired, um excelente ponto de partida para o avanço desta filosofia é a reparação de computadores – hoje em dia, os modelos antigos trabalham tão bem quanto os novos. Além disso, os problemas com computadores são muitas vezes surpreendentemente solucionáveis.

As ajudas técnicas para reparação de electrónica também nunca estiveram tão acessíveis. O YouTube tem imensos vídeos explicativos e sites como o iFixit vendem peças e guias de reparação de tecnologias novas e antigas.

Evitar o desperdício electrónico é, sem dúvida, uma prioridade. Antes de desistir do seu telemóvel ou microondas, pondere bem se eles – e o planeta – não merecem uma segunda oportunidade.





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