Energia: Em março, 74,3% da eletricidade gerada em Portugal Continental teve origem em fontes renováveis



No passado mês de março, foram gerados em Portugal Continental 3.429 GWh de eletricidade, sendo que, desse total, 2.547 GWh (74,3%) provieram de energias renováveis, relevou hoje a APREN no seu mais recente ‘Boletim Eletricidade Renovável’.

Esse é um aumento de 12,3% da incorporação de renováveis face a março de 2022, que se deve, de acordo com a mesma fonte, “à diminuição de incorporação fóssil, tendo sido produzidos 668 GWh, face aos 1557 GWh em março de 2022”.

Fonte: REN, Análise APREN.

Da energia produzida a partir de fontes renováveis no mês passado, 34% era eólica, 24% hídrica e 8,5% solar.

No primeiro trimestre do ano, foram produzidos 12.486 GWh de eletricidade, com 75,3% de origem renovável, o que permitiu evitar, segundo contas da APREN, a emissão de 2,7 milhões de toneladas de CO2eq, sendo que no total do trimestre o setor eletropodutor gerou, assim, 900 mil toneladas de CO2eq.

No panorama europeu, Portugal foi o quarto país com maio incorporação de eletricidade de origem renovável, ficando apenas atrás da Noruega, da Dinamarca e da Áustria, com taxas de incorporação de 99%, 78,8% e 76%, respetivamente.

De 1 de janeiro a 31 de março, o preço médio horário registado no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) em Portugal foi de 96,7 euros por MWh, o que, de acordo com a APREN, “representa uma diminuição para menos de metade face ao período homólogo do ano passado”.

Também durante os primeiros três meses do ano, foram registadas 404 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para responder ao consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio no MIBEL de 58,64 euros/MWh, sendo que de 1 a 31 de março, a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo durante 65 horas não consecutivas.

Ainda no que toca ao impacto da incorporação de energia de origem renovável em Portugal, no primeiro trimestre foi possível poupar 604 milhões de euros em importações de gás natural e 374 milhões de euros em eletricidade importada.

Fonte: REN, REE, SendeCO2, WorldBank, DGEG, ERSE, Análise APREN.




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