Energia: Pela primeira vez, Grécia é totalmente alimentada por renováveis



A eletricidade produzida por fontes renováveis conseguiu dar resposta a 100% das necessidades energéticas da Grécia durante cinco horas no passado dia 7 de outubro, atingindo uma potência sem precedentes de 3.106 megawatts por hora.

O grupo de reflexão ambientalista grego The Green Tank classificou o marco como “um recorde de otimismo para a transição do país para a energia limpa, abandonando os combustíveis fósseis e assegurando a nossa segurança energética”.

Dados dessa mesma organização indicam que, nos primeiros oito meses do ano, a produção elétrica de fontes renováveis ultrapassou a energia gerada por fontes fósseis, como o gás, com um total acumulado de 13.238 gigawatts por hora durante esse período.

Entre janeiro e agosto, as energias eólica, solar e hídrica representaram 46% do total de energia produzida no país, um aumento de 4% face ao mesmo período de 2021, segundo estimativas da The Green Tank.

À semelhança de outros países da União Europeia, a Grécia tem vindo a reduzir a sua dependência do gás oriundo da Rússia, devido à guerra lançada por Moscovo contra a Ucrânia. Contudo, desde o início do conflito tem vindo a aumentar as importações de gás natural liquefeito, além de ter impulsionado a extração de carvão, desferindo duros golpes aos seus planos para a descarbonização.

A Grécia quer atrair cerca de 30 mil milhões de euros em fundos europeus e em investimento privado para melhorar a sua rede elétrica e para mais do que duplicar a sua capacidade de produção de energia renovável limpa. O objetivo é que essas fontes energéticas representem, no mínimo, 70% da energia consumida no país até ao final da década.

O primeiro-ministro grego, Kyriákos Mitsotákis, acredita que o recorde estabelecido na semana passada é “um marco significativo, à medida que a Grécia emerge rapidamente como um líder nas renováveis”, recordando que, em 2021, ficou em sétimo lugar no ranking global em termos da produção de energias solar e eólica.

“Perante uma crise energética global sem precedentes, o caminho em frente é claro: precisamos de acelerar em direção às renováveis para podermos fornecer energia mais barata aos nossos cidadãos”, afirma o chefe de governo.





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