Esposende, Faro e Olhão vão demolir 835 casas junto ao mar



O Ministério do Ordenamento e do Território aprovou um pacote de €16,6 milhões para demolir 835 casas no litoral português, situadas nos concelhos de Esposende, Faro e Olhão. Estas casas estão em risco de ruir devido ao avanço do mar.

Segundo o Diário de Notícias, as obras vão arrancar ainda este semestre, até final de Junho, e implicam a demolição de 104 primeiras habitações. “Houve coragem política para avançar com esta demolição”, explicou ao DN o presidente da câmara de Esposende, Benjamim Pereira.

A maioria destas construções data de uma época onde não existia legislação que a regulasse, de acordo com Benjamim Pereira, o que não quer dizer que elas sejam ilegais. A subida do nível do mar, nas últimas décadas, ajudou a que cada vez mais habitações estivessem agora em perigo.

Para além da demolição, explica Carla Graça, da Quercus, é necessário fazer a consolidação do cordão dunar. “[Se tal não for feito], o mar vai entrar por ali dentro”, argumentou.

Vários outros autarcas e ambientalistas vieram já aplaudir a decisão do Ministério do Ambiente. “Há 15 ou 20 anos isto não seria possível. Agora há uma nova geração de autarcas que está mais sensível para a temática”, continuou Benjamim Pereira.

Em São Bartolomeu do Mar, Esposende, serão demolidos 27 edifícios, num total de €2 milhões de investimento. Nos ilhotes e ilha Deserta, entre Faro e Olhão, são 193 os edifícios a demolir, num investimento de €3,4 milhões.

Numa segunda fase são demolidas duas primeiras habitações e 159 edifícios em Hangares, num investimento de €3,2 milhões; 217 edifícios e duas primeiras habitações no Farol Nascente (€3,8 milhões de investimento) e 137 edifícios na península de Ancão (€2,1 milhões).

Finalmente, haverá uma terceira fase, também na península de Ancão, em que serão demolidos 102 edifícios, todas primeiras habitações, num investimento total de €1,7 milhões.

Foto:  Mr Conguito / Creative Commons





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