Esquilos vermelhos aliam-se às martas pela sobrevivência



O ameaçado esquilo vermelho encontrou uma nova aliada na sua luta pela sobrevivência contra o invasor esquilo cinzento – trata-se da marta, que estava praticamente extinta há 50 anos.

Uma nova pesquisa revelou que os esquilos vermelhos estão a aumentar e os cinzentos a desaparecer nas áreas onde há um forte população de martas. Por isso, a propagação do esquilo cinzento americano nas Ilhas Britânicas pode ser interrompida e o recuo do esquilo vermelho para áreas remotas pode ser parado. Estes últimos são actualmente protegidos por um programa que visa a captura e extermínio dos cinzentos.

Emma Sheehy, da Universidade de Galway, estudou os esquilos e as martas na região central da Irlanda, que têm um padrão de distribuição semelhante na Escócia, entre 2009 e 2012. Descobriu que a presença de martas nas florestas é suficiente para forçar a saída de quase todos os esquilos cinzentos. Por sua vez, os vermelhos expandem-se.

As martas comem os esquilos cinzentos; logo, uma forte razão para o decréscimo da população de esquilos pode ser a quebra na alimentação, procriação e sentimento de segurança que este predador lhes causa, avança o The Guardian.

Já os vermelhos raramente são comidos. São mais ágeis e raramente se alimentam no chão, estando por isso menos expostos ao perigo. Apesar de os cinzentos não atacarem os vermelhos, a população destes últimos diminui quando a primeira aumenta. Os cinzentos são maiores, mais fortes, mais adaptáveis e têm mais crias do que os vermelhos. Mais importante ainda: são portadores da varicela dos esquilos que, não os prejudicando a eles, pode matar em apenas alguns dias os vermelhos.

Os esquilos cinzentos foram trazidos dos EUA para uma quinta em Cheshire, Reino Unido, em 1876 e têm-se desenvolvido desde aí. Governo e grupos escoceses envolveram-se numa batalha para impedir a espécie de me movimentar mais para norte, deslocando por sua vez o vermelho. Desta forma, milhares de esquilos cinzentos são actualmente capturados e mortos pela Scottish Wildlife Trust e fazendeiros privados.






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