Estudo aponta para desaparecimento de metade das praias do planeta até 2100



As alterações climáticas e as ações do Homem no planeta representam cada vez mais uma ameaça para as praias de todo o mundo.

O estudo feito pela Comissão Europeia (JRC) afirma que as zonas costeiras vão sofrer alterações devido às alterações climáticas e a mudanças como a subida das águas e a erosão severa (14% a 15% em 2050).

Locais como a costa leste dos EUA, o sul da Ásia e a Europa Central são os que poderão sofrer com o recuo das praias em cerca de 100 metros, até 2100. O cientista Michalis Vousdoukas afirma “consideramos o limiar de 100 metros porque se a erosão exceder 100 metros, isso significa que provavelmente a praia desaparecerá porque a maioria das praias do mundo é ainda mais estreita que 100 metros”.

Além dos fatores naturais, os investigadores realçam como sendo prejudiciais fatores humanos como as construções na zona costeira de habitações e empreendimentos turísticos. O ser humano ao interromper o processo natural da praia com o mar e respetivas marés, interrompe a reposição natural de areia e todo o ambiente dinâmico que existe na zona costeira.

O grande problema ressalta no facto de muitas urbanas e de habitação poderem sofrer com a erosão por estarem junto à zona costeira.

A Austrália é um dos locais que sofrerá maior impacto até 2100, pois cerca de 1.770 km de costa está sob ameaça.

Quanto a Portugal existe o risco de desaparecimento de 39,5% das praias.

Os cientistas afirmam que se houver esforço para reduzir e limitar as emissões de gases de efeito estufa, nomeadamente com o Acordo de Paris, 17% das perdas de praias até 2050 poderiam ser evitadas, e cerca de 40% até o ano de 2100.





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