EUA: Marinha estreia o primeiro navio amigo do ambiente



A Wired chama-lhe A Mean, Green Riverine Machine, mas não passa de um navio eco-friendly que a marinha norte-americana – que procura novas solução contra a sua dependência do petróleo – estreou na semana passada.

O novo navio vai utilizar combustível gerado, em parte, por algas marinhas, e foi apresentado na sexta-feira com sucesso. O barco pode transportar 24 militares e é mais veloz que uma frota de contratorpedeiros.

Este navio é ainda só o começo. Dentro de cinco anos, adiantou ainda a Marinha norte-americana à Wired, o objectivo é ter uma frota de navios verdes – cerca de 10 barcos – que dependa unicamente de energias alternativas.

O navio utiliza uma mistura entre combustível movido a algas marinhas e a diesel (50%-50%). “Fizemos três corridas de grande força para obter o pico de velocidade para períodos específicos de tempo. Correu tudo bem”, explicou à revista norte-americana o chefe das operações navais para a divisão Energia e Ambiente, Philip Cullom.

De acordo com a marinha, cada embarcação utiliza cerca de 80 mil barris de petróleo por dia e a divisão de Energia e Ambiente pretende reduzir este número em metade até 2020. Os biocombustíveis e a energia nuclear são as alternativas.

“O nosso programa “verde” tem como pano de fundo a nossa capacidade de combate. Este programa energético fortalece a nossa segurança natural, mas também fortalece a segurança nacional – não seremos reféns de nenhuma fonte [combustível]”, explicou Cullom.

De acordo com o responsável, os altos e voláteis preços do petróleo e as preocupações com as alterações climáticas foram as principais razões para a mudança da estratégia para os combustíveis.

O alto preço dos biocombustíveis desenvolvidos a partir de algas marinhas faz com que esta alternativa ainda não seja competitiva – e os responsáveis pela Marinha norte-americana sabem-no e disseram-no – mas, com o aumento da procura, esta situação poderá mudar.

Um exemplo. Há um ano, a marinha pagou 307 euros por cada galão (cerca de 3,7 litros) deste biocombustível – comprando um total de 20.055 galões – mas hoje o preço já desceu para os 72 euros. E com tendência para continuar a descer.





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