Falcão peregrino, o mais rápido dos céus habita em Portugal durante todo o ano
O falcão peregrino é uma ave de médio porte, corpo compacto, pescoço curto e cabeça arredondada com grandes olhos negros. A sua cauda é curta, ao contrário das suas asas, longas e ponteagudas, e das patas estreitas e longas. As suas penas das asas são rígidas e as restantes estão bem justas ao corpo, pelo que toda a sua fisionomia se encontra bem adaptada às suas performances de voo – é capaz de alcançar os 389 quilómetros por hora, geralmente em situações de mergulho para alcançar uma presa.
O falcão-peregrino é o maior falcão que ocorre em Portugal. Caracteriza-se pelas suas asas largas, pela cauda curta e pelo barrete escuro. Se observado a pequena distância, são visíveis as patas amarelas, as barras transversais finas (no adulto) e o espesso “bigode”.
De uma forma geral este falcão é pouco comum, embora seja relativamente regular
na maioria dos locais onde ocorre. Frequenta sobretudo zonas rochosas, onde
constrói o seu ninho, mas no Outono e no Inverno também pode ser observado a
caçar em meio urbano ou em zonas húmidas costeiras.
O falcão peregrino é uma espécie ornitófaga, isto é, alimenta-se quase exclusivamente de aves. Mas apesar de ser um especialista, a sua acção predatória pode incidir sobre um número notavelmente alargado de presas. Em todo o mundo são reconhecidas mais de 20 subespécies.
Alguns locais onde observar
Entre Douro e Minho – nidifica na serra da Peneda, que é o seu principal local de ocorrência na região; durante o Inverno surge por vezes no estuário do Minho.
Litoral centro – pode ser visto habitualmente no arquipélago das Berlengas, onde nidifica um casal, bem como no cabo Carvoeiro. Também aparece com regularidade na lagoa de Óbidos.
Lisboa e Vale do Tejo – pode ser visto no cabo da Roca, na zona de Cascais, no cabo Espichel, na serra da Arrábida e no Agroal (Tomar). Também aparece junto à Ponte 25 de Abril (Lisboa) e na margem sul da mesma, junto ao Cristo-Rei. Fora da época reprodutora, este falcão aparece regularmente no Parque do Tejo e nas lezírias da Ponta da Erva.
Algarve – os locais mais favoráveis à observação desta espécie situam-se nos sectores de costa rochosa: a Ponta da Piedade, o cabo de São Vicente e a Carrapateira.