Fundação Calouste Gulbenkian financia oito ONG portuguesas na área do Ambiente

A Fundação Calouste Gulbenkian vai apoiar, num total de 350 mil euros, oito Organizações Não-Governamentais de Ambiente (ONGA) e equiparadas, no âmbito do seu Programa Equidade & Sustentabilidade, foi divulgado em comunicado.
Segundo a mesma fonte, distribuídas por oito municípios, as organizações selecionadas, através de concurso para atribuição de financiamento de base, dedicam-se ao restauro ecológico e à gestão sustentável dos ecossistemas, contribuindo para reverter a degradação ambiental e o declínio da biodiversidade.
Foram selecionadas as seguintes ONG:
- Associação Vita Nativa – Conservação do Ambiente – FARO
- Liga para a Protecção da Natureza – LISBOA
- Associação Transumância e Natureza – FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO
- ARIP – Associação Rewilding Iberia PT – GUARDA
- ALMARGEM – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve – LOULÉ
- MONTIS – Associação para a Gestão e Conservação da Natureza – VOUZELA
- MILVOZ – Associação de Protecção e Conservação da Natureza – COIMBRA
- TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal – AVIS
O concurso “Financiamento de Base a Organizações Ambientais”, criado para fortalecer a capacidade de atuação e a sustentabilidade das ONGA e para promover a profissionalização do setor, recebeu um total de 67 candidaturas.
Através deste apoio, será possível a estas ONGA desenvolverem a sua atividade de forma continuada, sustentável e flexível. O financiamento visa ainda potenciar a qualidade de intervenção das organizações, bem como a abrangência do seu trabalho a nível local, regional e/ou nacional; aumentar a capacidade de gestão interna e de divulgação do seu trabalho; potenciar o impacto das ações de conservação; e promover atividades de colaboração, transferência de conhecimento e partilha de experiências entre as ONGA selecionadas. As organizações vão ainda beneficiar de um programa de capacitação nas áreas de gestão, angariação de fundos e comunicação.
A iniciativa insere-se no trabalho que a Fundação Calouste Gulbenkian tem vindo a realizar na área do ambiente, com o apoio a projetos que promovam e preservem a biodiversidade.
“Este apoio confere às organizações maior capacitação e autonomia na gestão dos seus recursos, bem como maior estabilidade financeira e operacional, o que lhes permitirá dar continuidade, de forma sustentada, à sua atividade de conservação da natureza e proteção dos ecossistemas, causando impacto real”, sublinha Luís Jerónimo, diretor do Programa Equidade e Sustentabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em Portugal, mais de metade dos habitats existentes tendem a apresentar sinais de deterioração. O trabalho de preservação, gestão e regeneração dos ecossistemas, com vista à melhoria do estado da biodiversidade, é, em grande parte, assegurado por associações ambientais.
No entanto, à semelhança do setor alargado de Organizações Não Governamentais (ONG) do país, as organizações enfrentam desafios significativos, que dificultam a manutenção e replicação das suas intervenções. As atividades de conservação da natureza que desempenham, bem como a sensibilização das comunidades locais onde estão inseridas, requerem tempo e capital, de forma continuada.