Gobi, o cão ultramaratonista
Quando começou a primeira etapa da corrida Gobi March, o ultramaratonista Dion Leonard estava longe de imaginar que iria para casa com nova companhia. Pouco depois dos primeiros metros, o atleta escocês reparou que estava a ser seguido, um cão vadio imitava-lhe os passos.
Ao longo de sete dias pelo deserto e montanhas da China, a pequena cadela – mais tarde chamada Gobi- estava determinada em acompanhar Dion e os outros atletas. Vinda de parte incerta, uma vez que a localidade mais próxima ficava a muitos quilómetros, Gobi correu as etapas como uma profissional: mais de 40 km ao segundo dia e uns extraordinários 125 km no fim da prova.
Depois de percorridas quatro das seis etapas desta corrida pelas montanhas de Tian Shan, a dura prova aproximava-se do deserto de Black Gobi, onde a temperatura rondava os 50 graus. Por precaução, Dion e a organização acharam por bem resguardar Gobi destas condições adversas. Durante o dia a pequena cadela aguardava num merecido descanso, mas ao anoitecer lá estava ela na meta para felicitar, com pulos e lambidelas, os atletas.
Chegados ao destino, uma coisa era clara: Gobi tinha de ir com Dani para a Escócia. Mas burocracias e elevados custos administrativos dificultavam esta união, até que foi criada uma conta de crowdfunding, com mais de €6000 angariados nas primeiras 24 horas. Ainda enterrado em papéis, Dani espera ter Gabi a correr pelas montanhas da Escócia muito em breve.
Fotos: Mother Nature Network
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