Grupo de bancos para o desenvolvimento vai investir três mil milhões de euros para combater plástico nos oceanos



Um grupo de seis bancos para o desenvolvimento assumiu o compromisso de investir três mil milhões de euros entre 2026 e 2030 para combater a poluição por plástico nos oceanos.

O anúncio foi feito a 9 de junho, no dia em que arrancou a terceira conferência global das Nações Unidas sobre os oceanos (UNOC3), em Nice, França, e surge no âmbito da segunda edição da iniciativa Clean Oceans Initiative (COI 2.0), juntando o Banco Europeu de Investimento (EIB), o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (EBRD), a Agence Française de Développement (França), o Kreditanstalt für Wiederaufbau (Alemanha), a Cassa Depositi e Prestiti (Itália) e o Banco de Desenvolvimento Asiático.

A iniciativa original foi lançada em 2018, com um compromisso de investimento de quatro mil milhões de euros para o horizonte temporal 2018-2025, meta alcançada no passado mês de maio, “sete meses antes do previsto”, diz o EIB e, comunicado, salientando que a Clean Oceans Initiative é “o maior esforço multilateral dedicado ao financiamento de projetos que reduzem a poluição por plástico no mar”.

De acordo com cálculos das Nações Unidas, a quantidade de plástico que entra nos ecossistemas aquáticos pode triplicar até 2040 face aos níveis de 2021, passando das 11 milhões de toneladas anuais para as 23 ou 37 milhões de toneladas.

Embora mantenha o seu foco nas melhorias dos sistemas de tratamento de águas residuais, no tratamento de resíduos sólidos e na proteção contra cheias, a COI 2.0, nesta segunda fase de investimento, expandirá o seu escopo de atuação, com uma “ênfase mais forte” na prevenção de resíduos e no apoio a soluções de economia circular, “incluindo projetos que desenvolvam alternativas ao plástico”, informa o EIB em nota.

“Através da Clean Oceans Initiative 2.0 estamos a expandir a nossa colaboração com parceiros locais para implementar soluções inovadoras onde elas são mais precisas”, afirma Ambroise Fayolle, vice-presidente do EIB.

“A concretização do nosso objetivo inicial antes do prazo demonstra o poder das parcerias e da ação coletiva”, sentencia.






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