Hipermercados asseguram segurança do consumidor na hora da compra do medicamento



Os hipermercados, com as respectivas parafarmácias, absorvem grande parte do mercado de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) vendidos fora das farmácias. Se uma das principais preocupações e contestações das farmácias e farmacêuticos em relação a estes pontos de venda é a falta de atendimento técnico especializado, os hipermercados garantem a que venda deste tipo de medicamentos aos consumidores é feita de uma forma tão segura como nas farmácias.

“As suspeitas de demonização destes espaços foram desmistificadas e a própria realidade encarregou-se disso”, afirmou Paulo Monteiro da Auchan, que detém os hipermercados Jumbo, durante o seminário “Liberdade de Escolha no Acesso ao Medicamento” que decorreu esta quarta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian.

“Temos equipas compostas por professores universitários, especialistas e farmacêuticos a dar formação aos colaboradores que trabalham na Well’s. São mais de 100 farmacêuticos e técnicos de farmácia que não só orientam outros colaboradores como atendem os clientes ao balcão”, revela Tiago Simões da Well’s, esclarecendo que o consumidor é devidamente esclarecido e compra com segurança na cadeia de parafarmácias em questão. “Gostaríamos de ter o mesmo nível de aconselhamento que as farmácias mas não o temos até porque não somos obrigados, mas é um objectivo para o qual trabalhamos”, acrescenta o representante.

Também Rita Cardoso, das parafarmárcias Bem Estar do Pingo Doce, indica que a Jerónimo Martins emprega vários farmacêuticos e técnicos de farmácia que asseguram a qualidade das vendas de medicamentos. “Temos mais de 60 farmacêuticos a trabalhar connosco no dia-a-dia para garantir uma excelência no atendimento ao cliente”.

Perante este balanço positivo da evolução do mercado e garantia de segurança para os clientes, os hipermercados querem uma maior liberalização do mercado do medicamento e indicam que esta é uma área onde querem continuar a investir. “Defendemos uma liberalização e garantimos a qualidade e segurança da venda destes produtos. O nosso objectivo passa por alargar o negócio e aumentar os pontos de venda”, indica Rita Cardoso.

No caso da Well’s, a ambição vai ainda mais longe. “O consumidor está claramente connosco, as nossas lojas são uma referência internacional, não só do ponto de vista do acesso, dos serviços e do próprio conceito de loja, tanto que evoluíram para centros de óptica e centros de estética e é nisso que vamos apostar”, assegura Tiago Simões.

Segundo indica Paulo Monteiro, a estratégia da Auchan vai ser a aposta nos preços baixos. “Permitir o acesso dos portugueses a este serviço ao preço mais baixo com a maior qualidade possível é o nosso objectivo”, sublinha.

Foto: Pollobarba / Creative Commons





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