Homem vive há 20 anos em casa subterrânea feita à mão (com FOTOS)

Dan Price já foi um homem de sucesso em Kentucky, nos Estados Unidos, mas decidiu largar tudo – inclusive a família – há 20 anos, para ir viver no subsolo das florestas de Oregon. Largou a vida rotineira, escavou uma casa por baixo de uma pastagem de cavalos e nunca mais olhou para trás.
Price trabalhou outrora como fotojornalista para ajudar a sustentar a esposa e os dois filhos e pagar a hipoteca da casa da família. Aos 33 anos, leu o livro Payne Hollow, de Harlan Hubbard, que defende a rejeição da modernidade em prol de um estilo de vida primitivo. Decidiu então redefinir a sua própria existência – enquanto Hubbard encontrou paz nas margens do rio Ohio, Price escolheu o seu estado natal de Oregon.
Viveu numa série de habitações rústicas, desde uma cabana a uma tenda, até decidir construir a sua casa subterrânea, ao estilo Hobbit, com materiais encontrados principalmente na cidade de Joseph. Vinte anos depois de ter optado por uma vida simples, Price continua a viver na sua toca com 2,4 metros de chão.
Na divisão circular forrada a madeira, Price diz ter tudo o que precisa para viver – há electricidade e até uma pequena plataforma onde cozinhar. Não havendo espaço suficiente para acomodar uma casa, uma almofada desdobra-se na hora de dormir.
Embora prefira ter as redondezas relativamente desertas, Price não recusa alguns confortos modernos – tem um iPad e até um MacBook Air. Também paga €39 (R$ 115) por mês pelo seu telemóvel. “Eu gosto de ser capaz de fazer o que quiser fazer”, diz ele.
Todos os Invernos, quando o ambiente nas pastagens se torna demasiado frio, Price viaja para o Havai, onde pratica surf anualmente, de Novembro a Abril. As suas fontes de rendimento são a venda de uma zine acerca do seu estilo de vida, chamada Moonlight Chronicles, e alguns biscates que vão surgindo. Também já escreveu um livro intitulado My Tiny House.
Este homem ganha cerca de €3.690 (R$ 10.877) por ano – valor suficiente para pagar uma renda anual de €74 (R$ 218) pelos seus 8.094 m2 de terra, todos os bens necessários à sobrevivência e, pelos vistos, os custos de deslocação e alojamento no Havai.
“Eu não acredito em casas ou hipotecas”, afirma o homem. “Quem é que no seu perfeito juízo gastaria a sua vida a pagar por um edifício onde nunca chega a passar o tempo porque está sempre a trabalhar?”