ICNF destaca esforço pela preservação do lince ibérico e de outras espécies ameaçadas
A preservação do lince ibérico, dos golfinhos do Sado e de outras espécies ameaçadas são alguns dos esforços que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem levado a cabo, destaca este organismo.
O balanço da atividade do ICNF é feito, em comunicado, no Dia Nacional da Conservação da Natureza, sublinhando esta entidade que está a fazer “um caminho de trabalho e conquistas”.
“O ICNF orgulha-se do trabalho desenvolvido por todos os seus trabalhadores, técnicos e dirigentes, mas também pelos parceiros em diversos projetos de conservação e pelos cidadãos empenhados e ativos, no caminho da preservação do património natural nacional, que em muito contribuíram, no último ano, para a melhoria e recuperação de habitats e de espécies”, pode ler-se na nota.
O programa “LIFE Lynxconnec”, desenvolvido pelas autoridades portuguesas e espanholas, no âmbito da preservação do lince ibérico é um dos projetos destacados pelo ICNF, referindo que a espécie “superou a barreira dos 2.000 exemplares em 2023 (1.730 em Espanha e 291 em Portugal).
“Os esforços das autoridades portuguesas e espanholas levaram a que, recentemente, o lince-ibérico (Lynx pardinus) tenha passado do estatuto “em perigo” para ser classificado como “vulnerável” na lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)”, sublinha o ICNF.
A monitorização e proteção da população de golfinhos roazes-corvineiros, que conta atualmente com 27 indivíduos, no Estuário do Sado, que é feita há 40 anos, é outro dos destaques do organismo da conservação da natureza.
O ICNF destaca ainda a importância da criação do Parque Natural Marinho do Recife do Algarve-Pedra do Valado, em janeiro deste ano, que se estende ao longo da costa de Albufeira, Lagoa e Silves, a primeira área marinha protegida a ser criada na costa de Portugal Continental no século XXI.
Outros projetos do ICNF são, igualmente, dirigidos a espécies ameaçadas como o abutre-negro, o abutre-preto ou a águia-caçadeira, também conhecido como tartaranhão-caçador.
Destaca-se, ainda, os “esforços” de conservação da águia-imperial-ibérica em Portugal e em Espanha, espécie que esteve extinta no nosso país entre 1980 e 2003.
Por outro lado, o ICNF manifesta-se também satisfeito com a adoção do Regulamento do Restauro da Natureza a nível europeu, “que permitirá restaurar, pelo menos, 20% das zonas terrestres e marítimas da União Europeia até 2030, e de todos os ecossistemas que necessitam de restauro até 2050”.