Japão fixa novo objetivo para a neutralidade da emissões de carbono em 2050



O novo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, definiu hoje o prazo de 2050 para que a terceira maior economia do mundo alcance a neutralidade das emissões de carbono, fortalecendo assim os compromissos do país na luta contra as mudanças climáticas.

“Declaro que reduziremos [as emissões] de gases de efeito estufa a zero até 2050” para “ter como objetivo uma sociedade neutra em emissões de carbono”, disse Suga no seu primeiro discurso político no Parlamento Japonês desde que assumiu o poder em setembro.

Essa nova meta, aclamada por ambientalistas e especialistas, é, no entanto, muito ambiciosa devido à forte dependência do Japão do carvão.

O anúncio do sucessor de Shinzo Abe foi feito sob aplausos dos parlamentares. Até então, o Japão havia apenas dito que esperava atingir a neutralidade das emissões de carbono na segunda metade do século XXI.

A nova meta coloca o Japão na mesma linha do tempo da Europa e do Reino Unido e uma década à frente da China, que no mês passado definiu essa meta para 2060.

O primeiro-ministro japonês não deu um cronograma preciso para atingir esse equilíbrio entre as emissões de gases de efeito estufa e a sua absorção, mas mencionou a importância da tecnologia.

“A chave é a inovação”, disse Suga, citando em particular as baterias solares de nova geração.

O Japão também promoverá o uso de energias renováveis e energia nuclear, acrescentou, destacando a importância da segurança em um país profundamente marcado pelo desastre de Fukushima em 2011.

O acidente, após um grande terramoto e tsunami, levou ao desligamento temporário dos reatores nucleares do Japão e aumentou a sua dependência de combustíveis fósseis como o carvão.

A terceira maior economia do mundo, que assinou o Acordo de Paris em 2015, foi a sexta maior emissora de gases de efeito estufa em 2018, de acordo com a Agência Internacional de Energia.





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