Larvas de besouro são os primeiros insectos comestíveis aprovados na Europa



A decisão abre caminho para que possam ser usadas inteiras ou secas, por exemplo, em caril ou noutras receitas como macarrão; ou podem ser transformadas em farinha para fazer massas, bolos, bolachas ou pão.

Ricas em proteína, gordura e fibra, estas larvas serão, provavelmente, as primeiras de muitos outros insectos que poderão ser aprovados pela Europa para consumo humano, explica à Reuters Ermolaos Ververis, químico alimentar da EFSA. “Há um grande interesse da comunidade científica e também da indústria de alimentos no sector de insectos comestíveis”, justifica.

No entanto, a introdução de insectos na alimentação europeia pode ser bastante lenta, prevêem alguns sociólogos ouvidos pela Reuters. Uma das razões é a dificuldade em ultrapassar o preconceito e as barreiras psicológicas. “Existem razões cognitivas derivadas das nossas experiências sociais e culturais que tornam a ideia de comer insectos repelente”, afirma à agência noticiosa Giovanni Sogari, investigador social e de consumo da Universidade de Parma, Itália. “Com o tempo e a exposição, essas atitudes podem mudar.”

Em maio de 2013 a FAO defendeu num relatório que os insetos consumidos anualmente por dois mil milhões de pessoas são uma alternativa promissora à produção convencional de carne, com vantagens para a saúde e para o ambiente.





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