Lavagens curtas e a baixa temperatura “são essenciais para reduzir a pegada ambiental da roupa”



Uma nova pesquisa, publicada hoje no âmbito da 4ª Edição do relatório The Truth About Laundry 2024, prova que a opção por temperaturas mais baixas e ciclos mais curtos pode prolongar a vida útil das roupas em mais de 50%. Este estudo, conduzido pela marca AEG, é um componente de um programa de investigação científico de sete anos, centrado no prolongamento da vida útil da roupa.

Através de extensos testes laboratoriais, foram testados diferentes métodos de lavagem em vários tecidos, selecionados para representar tipos de vestuário comuns, incluindo calças de ganga e t-shirts de algodão. A degradação da cor foi monitorizada regularmente e mais de 600 membros do painel determinaram o ponto em que as roupas seriam eliminadas.

O resultado é uma nova métrica, o AEG Care Index, uma nova metodologia que permite medir o impacto de diferentes tratamentos de lavagem na durabilidade das roupas. Por exemplo, uma t-shirt de algodão lavada a 30°C durante 59 minutos durará mais 50% comparativamente a quando é lavada num ciclo normal de 40°C com uma duração de 120 minutos. O resultado foi semelhante para as calças de ganga.

“Em 2021, publicámos um estudo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) sobre as máquinas AEG que revelou uma redução de 20-25% no Potencial de Aquecimento Global ao passar de lavagens a 40°C para 30°C”, diz a responsável pelo estudo, Elisa Stabon (M. Sc Chemistry), Responsável de Experiência de Produto, Linha de Produtos de Tratamento de Roupa, Electrolux Group. “Agora fomos mais longe com esta nova investigação. Para reduzir a significativa pegada ambiental do vestuário, precisamos de manter as peças de roupa em utilização durante mais tempo. As duas formas mais simples de o conseguir são, em primeiro lugar, usar as roupas mais vezes entre lavagens e, em segundo lugar, lavá-las em condições mais suaves. Nomeadamente, usando temperaturas mais baixas e ciclos mais curtos”.

Estes resultados podem ser significativos. O impacto ambiental substancial da indústria da moda tem sido amplamente divulgado. É responsável por mais emissões anuais de gases com efeito de estufa do que todos os voos internacionais e o transporte marítimo combinados(2) e contribui para 10% das emissões(3) globais de carbono.

Mas é em casa que o novo estudo da AEG pode ter maiores implicações. O consumidor europeu médio(4) deita fora mais de 6,5 kg(5) de roupa(6) por ano, 87% dos quais são incinerados ou acabam em aterros(7). É o equivalente a cerca de 13,5 toneladas de roupa deitadas fora todos os dias, muito antes de a maioria necessitar de ser descartada(8). De acordo com a WRAP, uma ONG de ação climática sediada no Reino Unido, o prolongamento da vida útil das roupas representa a maior oportunidade para reduzir a pegada de carbono, água e resíduos das roupas(9).

De acordo com os dados da 4ª edição do estudo The Truth about Laundry 2024, incentivar as pessoas a escolherem programas de lavagem mais suaves continua a ser um desafio. O estudo, que tem vindo a inquirir cerca de 14 000 pessoas em catorze países europeus desde 2020, destaca que a maioria dos agregados familiares continua a lavar a temperaturas mais elevadas, apesar de milhões de agregados familiares já terem tido problemas com a lavagem da roupa:

– 59% dos agregados familiares na Europa afirmam lavar as suas roupas maioritariamente a 40°C ou mais.

– Apenas 12% dos europeus pensam que a duração do ciclo tem um impacto na vida útil da roupa, quando pode ter uma influência substancial.

– Dois terços (66%) dos europeus já experimentaram a sensação de desapontamento ao tirar a roupa da máquina e encontrar uma peça de roupa encolhida ou deformada.

– Quase três quartos (74%) também já experimentaram o desbotamento da cor.

– Cerca de 8 em cada 10 europeus (79%) reconheceram que os erros na lavagem da roupa resultaram das suas próprias ações. A razão mais comum citada foi a temperatura demasiado elevada.

As razões subjacentes à utilização de temperaturas de lavagem mais elevadas por parte dos europeus parecem ser variadas e complexas. Por um lado, a maioria das pessoas está satisfeita com os resultados quando lava a 30°C, sendo que apenas 12% afirmam que a sua lavagem não ficou tão bem quanto esperado. Por outro lado, quando questionados sobre o que os impede de lavar a 30°C com mais frequência, mais de um terço (34%) referiu não estar confiante de que a lavagem removeria as nódoas. De forma reveladora, a segunda razão mais citada para não baixar a temperatura foi o hábito.

O relatório sugere que o hábito pode ser uma das principais razões pelas quais os consumidores se mantêm fiéis a um ciclo de lavagem de 40°C. Os próprios dados da AEG indicam que a regulação de 40°C para algodão é a mais utilizada nas máquinas de lavar roupa, com durações de ciclo que variam normalmente entre 90 e 120 minutos. Idealmente, os eletrodomésticos deveriam utilizar a configuração mais baixa possível. Por exemplo, mais de 70% dos programas da gama mais recente da AEG têm como predefinição 30°C ou 20°C.

Embora os eletrodomésticos mais recentes permitam aos consumidores ajustar as predefinições, a investigação revela relutância e uma lacuna de conhecimentos. Cerca de 74% dos europeus mantêm a temperatura de lavagem predefinida e quase 30% não sabem que a podem alterar. Do mesmo modo, 78% dos utilizadores aderem à duração predefinida do ciclo, sendo que 35% não sabem que esta pode ser ajustada.

O AEG Care Index indica que a temperatura e a duração do ciclo influenciam significativamente a longevidade da roupa. Geralmente, as lavagens mais frias e mais curtas ajudam a prolongar a vida útil das peças de vestuário.

“A nossa relação com o vestuário vai para além da mera praticidade, engloba a gestão ambiental e o consumo responsável”, afirma Sarah Schaefer, Vice-Presidente de Sustentabilidade para a Europa e APMEA do Grupo Electrolux. “Ao adotar práticas de lavagem conscientes – tais como baixar as temperaturas, encurtar a duração dos ciclos e reduzir a utilização de detergente – podemos diminuir drasticamente a pegada de carbono das nossas rotinas de cuidados com a roupa. Através desta perspetiva, a lavagem de roupa torna-se não apenas uma tarefa, mas um ato de atenção – uma forma de honrar os recursos que foram utilizados para fazer as nossas roupas e o planeta que nos sustenta”.

Para prolongar a vida útil do vestuário e reduzir o seu impacto ambiental, a AEG recomenda os seguintes cinco passos:

Passo 1: Pensar. Antes. Lavar

Erros comuns na lavagem de roupa, como o encolhimento, a perda de cor e o desbotamento, levam a que milhões de roupas sejam incineradas ou depositadas em aterros prematuramente. A maioria destes erros pode ser evitada escolhendo as configurações corretas. Para uma lavagem mais fácil, escolha eletrodomésticos com características como AEG AutoDose, que pode proteger a roupa e utilizar até 60% menos detergente(10), e o programa PowerClean 59min, que permite uma remoção completa das nódoas mesmo a baixas temperaturas(11).

Passo 2: Seja (mais) inteligente, use a tecnologia

A maioria das pessoas não está a usufruir das capacidades dos seus eletrodomésticos. Menos de metade (46%) dos utilizadores raramente consultam as instruções e 22% nunca o fazem. Compreender o eletrodoméstico pode levar a melhores escolhas, mas ler as instruções não é para todos. Para essas famílias, os eletrodomésticos com tecnologia mais inteligente podem ser a solução.

Passo 3: Predefinição para 30°C

Com a maioria dos consumidores a aderir às predefinições, é importante verificar quais são. A maior parte pode ser alterada, sendo fácil baixar a temperatura para 30°C, o que é adequado para a maioria das lavagens. Para os novos eletrodomésticos, escolha aqueles cujas predefinições já são mais amigas da roupa. Na sua gama mais recente, por exemplo, a AEG definiu as predefinições de quase 70% dos seus programas para 30°C ou 20°C.

Passo 4: Reduzir o tempo

Tal como revela o AEG Care Index, os ciclos mais curtos podem prolongar a vida útil das roupas – no entanto, apenas 12% dos europeus o sabem. Também reduzem o consumo de energia, uma preocupação para 77%. Ter o cuidado de reduzir as definições de tempo predefinidas é um passo que as famílias podem dar de imediato. Ou, quando escolherem um novo eletrodoméstico, optem por um que lhes permita reduzir o esforço na tomada de decisões.

A AEG tem uma solução chamada PowerClean 59min. Consegue remover mais de 50 nódoas comuns, como ketchup e molhos, em menos de uma hora(12). Funciona a temperaturas mais baixas, o que permite poupar energia, e pré-mistura e uniformiza o detergente e o amaciador para obter melhores resultados.

Passo 5: Ler. Usar. Atualizar.

 Consulte sempre a etiqueta de lavagem e lembre-se de que a temperatura de lavagem indicada é a máxima, não a recomendada. As lavagens frequentes desgastam a roupa e aumentam a probabilidade de ocorrerem problemas de lavagem. Muitas roupas, incluindo calças de ganga, t-shirts e tops, podem ser usadas mais vezes entre lavagens. Muitas vezes, basta arejar a roupa depois de a usar e tratar as nódoas separadamente com um pano húmido e detergente suave. Outra opção, ao escolher um novo eletrodoméstico, é considerar um que tenha uma função de vapor. O programa AEG SteamRefresh refresca a roupa em 25 minutos e utiliza até 96% menos água do que a lavagem(13). O vapor também ajuda a reduzir as rugas(14) e os odores(15).





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