Lego e um adeus consciente às peças de plástico feitas à base de petróleo
É uma mudança de paradigma há muito esperada: a Lego, a mundialmente conhecida marca de blocos de montar de plástico, anunciou que vai abandonar o petróleo como matéria de produção, para apostar em biocombustíveis.
Em breve as peças serão produzidas a partir do etanol da cana-de-açúcar brasileira, num adeus consciente da empresa ao petróleo. Mas será mesmo esta uma alternativa sustentável a 100%? As opiniões dividem-se. Se por um lado há quem defenda que esta hipótese é, sem dúvida, mais amiga do ambiente, outros lembram que as plantações de açúcar não estão isentas de impactos ambientais negativos.
“Você encontrará sempre quem não concorda com esta opção, mas acho que é muito melhor do que o petróleo”, declarou o Dr. Stephen Mayfield, biólogo molecular da Universidade da Califórnia ao Mashable. Uma mudança de produção que, segundo Mayfield, poderá corresponder a uma diminuição de 70% da pegada de carbono deste produto que apaixonada miúdos e graúdos.
Do lado da Lego, a garantia de um produto com qualidade é condição a manter. “Os produtos Lego existem para proporcionar experiências de reprodução de alta qualidade, dando a cada criança a hipótese de criar o seu próprio mundo, num jogo mágico de imaginação. Crianças e pais não notarão nenhuma diferença na qualidade ou aparência das novas peças, já que o polietileno à base de plantas tem as mesmas propriedades que o polietileno convencional”, assegurou Tim Brooks, vice-presidente de Responsabilidade Ambiental da Lego.
Depois de uma parceria com a WWF para a produção de produtos feitos com matérias primas sustentáveis em 2015, num investimento superior a 13 milhões de euros, a Lego dá agora mais um passo na sua meta de usar apenas materiais sustentáveis até 2030.
Folhas, árvores e arbustos farão parte das novas peças da Lego, que deverão chegar às prateleiras ainda durante 2018.
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