Madeira investe 700 mil euros em projeto de energia verde a fornecer a navios atracados



A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) vai investir cerca de 700 mil euros num projeto para o fornecimento de energia verde a navios atracados neste arquipélago, foi anunciado.

“É com expectativa que aguardamos os resultados de um conjunto de estudos específicos, que nos permitirão desenvolver planos e iniciativas para a descarbonização dos portos da Madeira, através de novas soluções ambientais”, diz a presidente da APRAM, Paula Cabaço, citada num comunicado divulgado.

Este projeto denominado é desenvolvido em conjunto com a Empresa de Eletricidade da Madeira, sendo cofinanciado pela União Europeia em 50%.

Denominado como “Green Ports Madeira”, a iniciativa visa “avaliar a viabilidade e o impacto do desenvolvimento de infraestruturas de Onshore Power Supply (OPS) e de descarbonização nos portos”, lê-se no mesmo documento.

Entre outros aspetos, vai avaliar a possibilidade das embarcações atracadas nos portos poderem desligar os respetivos motores efetuando uma ligação à rede elétrica regional, sem ser necessário interromper o funcionamento das máquinas e dos serviços de bordo.

A energia a fornecer aos navios será proveniente de “de fontes renováveis ou verdes, de modo a garantir reduções efetivas das emissões através da utilização das OPS”, adianta.

Segundo o comunicado da APRAM, “o projeto não só vai investigar a possibilidade de utilizar energia de fontes renováveis para os navios atracados, como também de coproduzir energia nos portos para o autoconsumo das infraestruturas portuárias”.

A Administração dos Portos da Madeira realça ainda que o processo de descarbonização das infraestruturas portuárias insulares já estão em curso, com a empresa de engenharia portuguesa FUTURE-Proman a assegurar a realização dos estudos de viabilidade na sequência do concurso público.

Também anuncia que o porto do Funchal se prepara “para receber brevemente o primeiro navio com 0% emissões”.

“Apesar das emissões no cais representarem apenas uma pequena fração das emissões totais do transporte marítimo, são motivo de preocupação pela proximidade com as populações e devem ser avaliadas possíveis medidas para reduzir o seu impacto, sobretudo quando os portos de cruzeiros estão situados no centro das cidades como é o caso do Funchal”, afirma a responsável da APRAM.

Paula Cabaço conclui que o projeto a ser desenvolvido vai permitir uma “redução significativa nas emissões locais”.





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