Mafra aprova estratégia para investir 1,1 mil ME até 2050



O Município de Mafra tenciona investir 1,1 mil milhões de euros em mais de duas centenas de projetos até 2050, segundo a estratégia aprovada por unanimidade na última reunião de câmara, a que a Lusa teve hoje acesso.

O portefólio, composto por perto de 200 projetos divididos 25 áreas, representa um investimento total estimado superior a 1,1 mil milhões de euros (ME), em infraestruturas e programas em todos os domínios do desenvolvimento sustentável (social, ambiental e económico), em resultado do investimento público, privado e do terceiro setor.

O investimento reparte-se em 86 projetos de curto prazo (até 2025), 82 de médio prazo (até 2030) e 29 a longo prazo (até 2050), com financiamento público, privado ou do setor social.

Entre os projetos a curto prazo, constam a construção de habitações municipais, o parque verde urbano da Ericeira, a ampliação das escolas básicas e secundárias da Malveira e Ericeira e a construção da escola básica de segundo e terceiro ciclo do Miralhado, a construção do Arquivo Nacional do Som, a instalação do Museu Nacional da Música, a requalificação do Palácio Nacional de Mafra e a renovação e ampliação das redes de água e saneamento, adiantou o município à agência Lusa.

Já a médio prazo, o município aposta, entre outras prioridades, num parque tecnológico e na construção de um Centro de Congressos, de centros empresariais e de uma central de logística de frescos.

Os maiores investimentos, 243,6 ME, vão ser realizados na melhoria da mobilidade e transportes do concelho, com destaque para os transportes públicos, em infraestruturas criadoras de emprego (225,5 ME), e em equipamentos de saúde (125 ME).

Hugo Moreira Luís, presidente da Câmara Municipal de Mafra, citado em nota de imprensa, considerou de “enorme importância a aprovação destes documentos”, com o intuito de “proporcionar melhores condições de vida aos seus habitantes, enquanto protege e promove o seu património ambiental e cultural”.

Estão ainda previstos investimentos no valor de 99,2 ME para Cidadania e Ação Social, 69,6 ME para Água e Saneamento, 66,3 ME para Educação, 47,6 ME para Cultura, 39,2 ME para Telecomunicações, Gás, Energia e Iluminação, 36,9 ME para Águas Pluviais e Linhas de Água, 31 ME para Urbanismo e Habitação, 29,3 ME para Jardins, Parques e Espaços Verdes, 20,7 ME para Agricultura, 26,6 ME para Desporto, 16,2 ME para Inovação, ‘Smart Cities’ e Parque Automóvel, 23,7 ME para Alterações Climáticas, 15,9 ME para Resíduos, entre outras áreas.

As previsões de investimento inserem-se no Pipeline Municipal, uma ferramenta de gestão que regista e monitoriza projetos e permite a mobilização de financiamentos públicos e privados, aprovada pela Câmara Municipal na sexta-feira.

A estratégia visa dar cumprimento à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, constituída por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em 2022, Mafra tornou-se no primeiro município do país a assumir o compromisso de cumprir os 17 ODS da Agenda 2030, de forma a promover a qualidade de vida, a proteção ambiental e o desenvolvimento económico.

Na última reunião de câmara, o executivo municipal votou ainda por unanimidade a constituição do Conselho Municipal para o Desenvolvimento Sustentável e do Laboratório para os ODS.





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