Mamíferos e aves: quanto maior o bocejo, maior o cérebro



O bocejar é um mecanismo que, segundo os mais recentes estudos, serve para arrefecer o nosso cérebro. Não só os seres humanos praticam esta ação, mas também os animais vertebrados.

Uma nova investigação da Universidade de Utrecht analisou mais de 1200 bocejos de 101 espécies diferentes, 55 mamíferos e 46 aves, entre março de 2017 e dezembro de 2019. Os resultados apontaram para uma ligação entre a duração do bocejo, o cérebro e o número de neurónios.

“Neste novo estudo, queríamos ver o quão universal esta teoria é e, especialmente, se ela se aplica aos pássaros”, explica Jorg Massen, um dos autores do estudo.

Os cientistas descobriram assim que os animais com cérebros maiores e mais neurónios, tinham um bocejo mais duradouro. Por sua vez, os pássaros têm um bocejo mais curto que os mamíferos.

“Embora o padrão de bocejo seja fixo, a sua duração co-evoluiu com o tamanho do cérebro e o número de neurónios”, referem os autores no artigo. “Além disso, esta função parece ser conservada numa ampla gama de animais, pelo que a sua origem evolutiva pode ser rastreada até pelo menos o ancestral comum dos pássaros e mamíferos e potencialmente ainda mais longe.”





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